domingo, 19 de julho de 2009

Esclarecimento e agradecimento

Agradeço as palavras carinhosas e incentivadoras e respondo algumas perguntas:

*Não, no momento, não estou clinicando, nem dando supervisão. Estou focada em meu livro. Você sabia que no HBO e HBO2 (reprise) , de segunda a sexta, às 9:oo horas, tem um programa chamado "In Treatment" , ou seja, "Em Terapia"? Ele aborda sessões psicoterapêuticas e mesmo sessões de supervisão. Muito interessante para um público específico.

*Sim, tenho documentação de tudo que escrevo.

*Não sou contra a Psicanálise, muito pelo contrário. Podemos nos estender a respeito, se interessar a você.
Sou contra a disputa pelo poder e defesa de uma "verdade absoluta", entre vários elementos que abraçaram a teoria freudiana, entre defensores de novas leituras feitas por seus seguidores, e mesmo entre desertores com seus novos focos teóricos sobre o funcionamento do mundo psíquico. Meu foco sempre foi mantido sobre o ser humano de uma forma humanista e holística. Qualquer compreensão verdadeira sobre ele pode ser abarcada, se mudar minha perspectiva. A lógica da linha teórica tem que bater com o fenômeno real observado, dentro desse referencial.

Um projeto meu na área clínica, de 1999 - observe a época - já envolvia a metapsicologia freudiana dentro de uma perspectiva científica. Ainda atualizo a temática, ante cada nova descoberta, envolvendo o funcionamento humano. E não foram poucas nessa década... Revendo a obra de Freud, não era o futuro de uma psicologia científica, o que almejava ?

Tema: Retorno a uma Psicologia Científica
Objetivo Principal: Estabelecer, através da Biofísica, a ponte de ligação entre a Medicina (energia bioquímica) e a Psicologia (energia psíquica), considerando os conhecimentos advindos dos avanços da Física Quântica e da Bioquímica Molecular, e das novas descobertas tecnológicas que ampliaram o campo revelador dos diagnósticos por imagem.

*Não, não me incomodo de passar o tema de alguns projetos, ou mesmo trocar idéias a respeito.
Esse compartilhar idéias faz parte do agregar forças e do somar conhecimentos. Minha curiosidade é inata. Conhecimento para mim é como alimento, sinto falta e estou sempre buscando novas fontes e diferentes áreas. Quando pequena, era chamada por pais e professores de a menina dos "Por que?". Até que me orgulhava do apelido.

Quem estimula seu potencial inovador, vai poder contar com essa fonte criativa, quando precisar. Mais ainda, vai ter disponibilidade e envolvimento necessários para querer concretizar seus projetos, pois sabe de sua importância e como torná-los eficazes. Essa postura é bem diferente daquele que se utiliza desse conhecimento e que logo vai engavetá-lo, após prover seu interesse pessoal promocional.

*Sim, também tenho formação em organizacional. Alguns colegas preferiram não estender seus estágios para a área organizacional e escolar. Optaram pela área clínica. Muitos não se interessaram nem pela obtenção da licenciatura. Consegui abarcar essas áreas.

Isso faz com que caiam por terra as colocações que como profissional da área clínica não entenderia do campo organizacional. Muito pelo contrário, me possibilitou uma maior abrangência de visão e melhor compreensão da dinâmica dos envolvidos, variável que tornou a minha pessoa ameaçadora. Intencionalmente, não me refiro a questionamentos profissionais sobre minha função, pois muitas reações eram imaturas mesmo, levadas para nível interpessoal. Sendo assim, comparações e tentativas de desqualificação eram em doses maciças e constantes.

*Sim, após perceber as alianças entre assessores que se sentiram ameaçados, que chegavam até mim e pediam abertamente para que não os fizesse perder o cargo, que passaram a se agrupar e me excluir das reuniões e desviar informações, bloqueando meu contato com diretores, eu percebi que teria poucos recursos para lidar com a dificuldade de formar parcerias.

*Passei a protocolar tudo que enviava. Em minha saída, busquei via oficial uma resposta sobre o ocorrido, mas nenhum retorno me foi enviado.
Mas não fiquei triste. Teria que me violentar muito, éticamente falando, se ali permanecesse. Eu escolhi que não merecia ser tratada assim, por mim e pelos outros. E continuo, de cabeça erguida, me respeitando no meu trajeto de vida.

Na área organizacional, datando de 2003, e elaboradas mediante o diagnóstico do quadro deficitário, várias propostas foram apresentadas. Muitos programas visaram a otimização de recursos em geral, desde os humanos, passando pelo mau uso das informações, até atingir o desperdício de idéias, de materiais diversos e de funções operacionais.

*Não. A maior parte dos projetos não chegou aos diretores. Alguns foram entregues bem depois e após o aproveitamento de algumas idéias neles contidas. Sempre fui cumprimentada pelos projetos. Aliás, na construção deles levei em consideração o perfil dos diretores, desde os portadores de caráter ousado e empreendedor, até os de caráter conservador que teriam que ter um tempo maior de assimilação. Mudanças de gestão como ocorreram na passagem do milênio envolvem alterações estruturais e delas não se pode fugir ou tentar evitar; envolvem políticas de inclusão de novos elementos e de novos conhecimentos e, nesse sentido, as equipes não podem se fechar a essas entradas com justificativas de "Em time, que está ganhando, não se mexe". Essas posturas e visões são retrógradas. Com o tempo, tal assertiva cai por terra.

*Os programas que me orgulhei de apresentar e que, a meu ver, abrangiam as defasagens da época - e ainda atuais - foram a "Gestão do Desperdício" e a "Otimização de Follow-up Operacional", pois trazem consigo credibilidade e confiabilidade, sem as quais fica difícil a obtenção de uma coesão participativa produtiva.

Projetos propostos, quebrando paradigmas da gestão tradicional e engavetados na minha época: "Descentralização Supervisionada"; "Formação de Equipe de Projetos Desenvolvimentistas"; criação de um "Centro de Integração e Planejamento Estratégico"; "Trabalho em Equipe focado em Endomarketing" , "Otimização na Captação de Sugestões" , logo seguido do "Captação e Gestão de Feedback" buscando cercar possíveis e prováveis engavetamentos.

Respeitando minha forma clínica de raciocinar, todas minhas propostas estavam entrelaçados intencionalmente. Não surgiram ao acaso, nem na base do ensaio erro e acerto. Foram construídas analisando tendências e probabilidades. Verifiquei que, no geral, afunilavam ou convergiam para a "Gestão do Desperdício". Sendo assim, o fortalecimento desse setor - que me parece ser um núcleo central -e sua transparente fiscalização administrativa, poderia ser uma forma de combater medidas anti-éticas, ou a popular atitude da "puxada de tapete profissional".

*Podem continuar me mandando e-mail. Tento responder e sempre que possível atender o que me pedem. Ou se preferirem escrevam em comentários, que excluo após lê-los.

Gosto dessa troca. Mesmo com críticas, se não puder com argumentos esclarecer e fazê-los mudar de opinião, reflito. Sempre me são oportunidade de crescimento e, em alguns casos, de aprendizagem.
Nesse sentido, também agradeço. Obrigada.
Aurora Gite
  • P.S. Infelizmente, creio que o último episódio da série "Em Terapia" ocorreu em 17/07/09. Interromperam sem nenhum aviso. De minha parte, espero breve retorno da série. Valeu a pena, para mim, tê-la assistido. ( P.S. - Postado em 23/07/09 )

Ainda Andrea e sua forma de se comunicar

Desejo-lhe a maior felicidade do mundo, de coração...

Sabe que, de vez em quando, a gente tem nossas brigas, mas quem não tem !?!

Siga as pistas para fazermos as pazes:

01- Preciso lhe dizer uma coisa (olhe 5)

02- Não se aborreça (olhe 11)

03- Você fica um amorzinho zangada (olhe 6)

04- Tenha paciência (olhe 8)

05- É algo muito importante (olhe 10)

06- Bem, chega de suspense (olhe 9)

07- Psiu! Olha... me escuta ... eu... Eu te amo!!!

08- Não sei como... não... não tenho... (olhe 15)

09- Não tenho coragem, não adianta (olhe 12)

10- Primeiro consulte o coração (olhe 2)

11- Bem agora é o seguinte (olhe 4)

12- Puxa, é difícil, não vou dizer (olhe14)

13- Já você saberá (olhe 3)

14- Agora sim, me leve a sério e preste atenção (olhe 7)

15- Tenha paciência, que eu tenho que pensar como lhe dizer (olhe 13)

Sampa, 11 de maio*
Andréa
(14 anos então)

Aurora Gite