domingo, 31 de maio de 2009

Educação do Afeto no Terceiro Milênio

É amplamente reconhecido que a "educação" é o único fator de transformação, abrangente e consistente, dos indivíduos e de suas sociedades. Seu foco, porém acaba atendendo a interesses específicos e pessoais, se perdendo o prisma do afeto e da convivência coletiva voltada ao "bem".

Para se estabelecer "laços de afeto" na convivência diária intra e interpessoal é preciso se educar para o afeto. Que pedagogia é essa, que considera o "educar" como sendo o "encontrar respostas para o enigma de existir"? Que didática utiliza, que envolve o amadurecimento integral do "ser"?

Técnicas de sensibilização são conhecidas e muito usadas em dinâmicas, que envolvem integração grupal e comprometimento colaborativo dos participantes. Educações alimentares são amplamente divulgadas para melhor preservação do organismo físico e psíquico. Muitos programas e projetos, no entanto, se embasam em intenções especulativas e maniqueístas.

No livro "Laços de Afeto", a autora lança a proposta de uma "Pedagogia do Ser", envolvendo o desafio do "existir humano". Propicia um vislumbre mais esperançoso do combate à violência e à indiferença social, à corrupção e negação do outro, que se alastram cada vez mais; bem como às convivências patológicas consigo mesmo e com os demais seres humanos, desintegradoras do bem social e harmonia do coletivo.

Considerando o afeto como "a força da alma, a fonte de nutrição espiritual, necessário à instalação do clima amoroso na convivência voltada ao bem coletivo", para uma educação do afeto, sob essa perspectiva, são resgatados os passos de uma reforma interior e lançados, ainda, os alicerces de uma aprendizagem voltada ao "pensar com o sentir intuitivo", sempre enfatizando a busca de sintonia com o bem, a abertura para a fé interna, advinda do coração, e para o encontro com o "potencial divino", inato em cada ser humano.

Sendo assim me parece que o capítulo intitulado "Educação do Afeto" traz o núcleo central do fortalecimento de Centros Espíritas, implicados realmente com as aplicações práticas dos conteúdos da teoria doutrinária da ciência espírita; com o comprometimento mais autêntico das equipes espiritualizadas; com o crescimento espiritual que envolve a evolução e a construção do "Ser"; com a dignificação da honestidade moral, da sensibilidade e do afeto como caminho para o "Ser Feliz" - expansão da alma se contextualizando na realidade.

Será que não está na hora da sociedade atual abandonar preconceitos, ultrapassar abordagens retrógradas, e analisar os fenômenos da realidade sob o foco dos novos conhecimentos quânticos e tecnológicos e buscar aproximação com ciências mais espiritualistas?

Será que ainda não existe condição para o homem abandonar o orgulho e pretensão, se desnudar e se proteger sob a vestimenta da humildade, necessária para a aquisição da compreensão do que realmente ocorre em nosso universo espiritual?

As existências de universos paralelos já estão sendo comprovadas. E aí? Vão ficar parados no tempo e fixados em paradigmas já ultrapassados? Eu não!

Para quem quiser me acompanhar, indico dois livros a serem vistos sob a perspectiva das novas descobertas, embora estivessem a nossa disposição há tanto tempo.

"Evolução em Dois Mundos", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ditado pelo espírito André Luiz. Departamento Editorial da Federação Espírita Brasileira. Rio - RJ, 1989. (Copyright 1958).

"Laços de Afeto", Ermance de La Jonchére Dufaux: (psicografia de) Wanderley Soares de Oliveira - Belo Horizonte: SED, 2002.

É se recordar, depois de lê-los, que sempre há tempo para "novos começos"... e o terceiro milênio aí está!

Aurora Gite

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um mero rascunho e depois um "post".

"Vai reformar sua casa? Quer algumas dicas?"
Esse era o título inicial desse post. Ao terminar de ler, vai entender o porquê de sua alteração.

Os parágrafos que se seguem fazem parte das idéias iniciais que me vieram. É estranho como, ao escrever, sempre me vem a lembrança a cena de abertura de um filme chamado "Júlia": o esboço da pintura de um quadro, numa tela já calcada por traços, demonstrativos de desenhos anteriores terem sido ali previamente esboçados.

Eis as imagens que retive, bem como as associações que as tornaram significativas para mim: "Num lago, ao entardecer de um dia - ou de uma vida - uma mulher, após tantos e tantos anos passados, se põe a recordar o que lhe ocorreu. Se põe a pensar como, de repente, mediante as circunstâncias impactantes de suas vivências, o entrecruzamento de novas experiências, a rede das emoções advindas das interrelações que mesclaram sua vida, tenta apagar esse esboço inicial sem consegui-lo totalmente. E, surpresa e resignada, vai observando que um novo desenho vai surgindo sobre a sombra do anterior já calcado sobre aquela tela. Nova pintura vai se delineando na mesma tela... da mesma vida... da mesma artista... sem ela mesma saber qual será a definitiva. A única certeza é que nela está o poder de alterar seus traçados e suas metas."

Rascunhos de ideais, esboços de sonhos... como irão se concretizar ante uma realidade tão marcada pelas recordações impressas na memória?
Foi aí que mudei a intenção inicial deste post.
Mudei de rumo e resolvi devolver a você o rascunho que delineava, pois estava interferindo em algo que não me pertence. Esse quadro - é seu território - só depende de você. É do resgate de suas habilidades internas, que vai depender a arquitetura da reforma de sua vida atual.

Quer ver como começou o rascunho que acabou virando esse post?
Pois bem, eis o seu começo, coloquei entre aspas intencionalmente:

"Vai reformar sua casa? Quer algumas dicas? Ao abordar esse tema, penso na reforma de sua casa mental e, de maneira geral, pontuo algumas dificuldades iniciais.
Como realizar uma transformação pessoal botando abaixo atitudes disfuncionais, ou paredes rachadas e portas carunchadas? Com um leve tranco seus limites poderão ser invadidos.
Como abandonar a ilusão das aparências superficiais, ou a fragilidade dos móveis atingidos por cupins? A vulnerabilidade é tamanha que sua segurança pode ter sido afetada.
Como substituir posturas arrogantes, que, como espelhos embaçados, não mais refletem uma verdadeira imagem, mas distorções? Se não mais refletir sua autoconfiança, pode ter havido o comprometimento de sua auto-estima.


Quer saber, acho que posso ajudá-lo assim mesmo.
Primeiro me diga seu objetivo e daí passamos a falar sobre seu projeto e esboçar o desenho da nova construção.

Percebe como só a lembrança dele o faz se sentir mais forte interiormente? Bem, vamos lá! Você se reporta a um antigo ideal de "ser feliz" e me traz como capital a sua "valorização pessoal". Traz a dificuldade de conseguir se conceder um crédito pessoal, para começar seu empreendimento. Acredito já ter dados que me possibilitem fazer um esboço dos degraus que precisa subir em sua ascensão interna, e listar o material que vai precisar adquirir.

Para o primeiro pilar precisa do material mais difícil de ser alcançado, conhecido pelo nome de "humildade". Está em falta no mercado, além de esbarrar em uma grande resistência provocada pelo "orgulho". E é essa postura arrogante que pode dificultar qualquer vedação eficiente, impedindo que haja o confronto com suas limitações e vulnerabilidades. Sendo assim, a estabilidade de sua construção ficará abalada com o tempo.

Para o segundo vai necessitar de material de forte liga, e muitas vigas, para manter firme sua "vontade". Isso pode ser conseguido com trabalho braçal , disciplina, esforço contínuo e muita paciência. Forças de uma auto-motivação proveniente de um "querer muito realmente", necessitam também de injeções de ânimo, advindas das recordações dos sonhos e lembranças das esperanças de um vir-a-ser."

Nesse ponto cliquei o "Salvar como Rascunho" e adiei a publicação da postagem.

Hoje solto para que seja postado, sob novo foco.
Nesse movimento eu tirei a minha lição.
Será que você tirou a sua?

Espero que consiga seguir por você, buscando concretizar suas reformas de vida conforme seus ideais, sabendo adequar os pilares dessa nova construção a seu perfil pessoal atual?

Aurora Gite
( postado em 10 de junho, às 20.00 horas)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um contraponto quântico

Ontem tive a oportunidade de assistir a outro documentário sobre "Universos Paralelos" e levei um susto quando, ao final, alguns físicos teceram esses comentários:

"Ao final desta longa busca, a ciência descobriu que o Universo, que buscava explicar, talvez não seja tão especial. Não é nada mais do que um infinito número de membranas, apenas um de muitos universos, que compõem o multi-universo."

"A Física está preparada para o último vôo da imaginação: criar seu próprio universo sem qualquer mistério ou qualquer dúvida...criar um universo em seu laboratório... Na verdade é muito seguro criar um universo em seu porão...um universo exclusivo e isolado, crescendo a proporções cósmicas sem desalojar qualquer território que nós atualmente temos direito."


A essas afirmações contraponho algumas citações de Danah Zohar, cientista - física e filósofa - retiradas de seu livro "O Ser Quântico", Editora BestSeller, 2008, embora "copyright" datado de 1990 ( já comentei dele em posts anteriores) :

" A cosmovisão quântica transcende a dicotomia entre mente e corpo, entre interior e exterior, revelando-nos que as unidades básicas constitutivas da mente (bósons-campos de energia- unidades constituintes da consciência - fótons, grávitons) e as unidades básicas contitutivas da matéria (férmions - por exemplo elétrons e prótons) brotam de um substrato quântico comum, o vácuo ( - agora visto com uma "sopa" borbulhante de partículas virtuais - antipartículas, o vácuo quântico não é vazio, contém em si todas as potencialidades, mas só pode realizar tais potencialidades através das flutuações em seu interior, excitações que conduzem ao nascimento de partículas e seus relacionamentos. Em nós, tais excitações dão origem aos pensamentos), e ( essas unidades) estão empenhadas num diálogo mutuamente criativo, cujas raízes remontam ao próprio cerne da criação da realidade. Em outros termos, a mente é relacionamento e a matéria é aquilo que é relacionado. Nenhuma delas, sozinha, poderia evoluir ou expressar algo. Juntas, elas nos darão os seres humanos e o mundo." ( Um observador por si só não interfere em nada, mas um observador consciente sim, e isto nos remete à importância do papel da consciência)

"O diálogo criativo entre "mente" e "matéria" é a base física de toda a criatividade do Universo e é também a base física da criatividade humana. O ser quântico não experimenta dicotomia entre exterior e interior porque os dois, o mundo interior da mente (de idéias, valores, noções de bondade, verdade e beleza etc) e o mundo exterior da matéria (dos fatos) dão origem um ao outro.

A visão de mundo quântica transcende a dicotomia entre indivíduo e relacionamento revelando-nos que os indivíduos "são o que são" sempre dentro de um contexto. Eu sou meus relacionamentos - meus relacionamentos com os subseres dentro de meu próprio ser, meu passado e meu futuro, meus relacionamentos com os outros e meus relacionamentos com o mundo em geral.

Eu sou eu, singularmente eu, porque sou um padrão totalmente único de relacionamento e, no entanto, não posso separar este eu que sou daqueles relacionamentos. Para o ser quântico, nem individualidade nem relacionamento são primários, pois ambos brotam simultaneamente e com igual "peso" do substrato quântico. No caso de pessoas enquanto indivíduos e seus relacionamentos, esse substrato é um condensado de Bose-Einstein no cérebro; no caso de partículas individuais e seus relacionamentos, esse substrato é um condensado de Bose-Einstein no vácuo quântico."

"Analogamente, a cosmovisão quântica transcende a dicotomia entre a cultura humana e a natureza e, na realidade, impõe a lei natural à cultura.

A física da consciência que dá origem ao mundo da cultura - arte, idéias, valores, éticas e mesmo religiões - é a mesma física que nos dá o mundo natural. Em ambos os casos é uma física impelida pela necessidade de manter e aumentar a coerência ordenada numa franca reação ao ambiente. O ser quântico, pela própria mecânica de sua consciência é um ser natural - um ser livre e reativo - e seu mundo, em última análise, refletirá o mundo da natureza. Quando isso não ocorrer, esse mundo fracassará."

Aí me ponho a pensar:

O homem não está separado do Universo.

Sua evolução depende da integração de todos os conhecimentos que lhe estão chegando aceleradamente, e da conquista de uma coerência sintônica entre seu agir, pensar, sentir e intuir, para alcançar outros estados de consciência.

A saída de sua alienação está ligada a sua reintegração no Universo como ser pessoal, ser social e ser espiritual, estabelecendo a ligação cósmica entre "elétrons e prótons" e "fótons, grávitons"

E já existem grupos buscando equações para "aprisionar o universo em seus porões"...

Que bom que a expansão de nossa consciência quântica, nos possibilita melhor discernimento e seleção do que é funcional para a coerência harmônica da nova humanidade que está sendo formada.

Eis porque afirmei em post anterior que, neste milênio, a Psicologia, entendida como ciência que estuda a relação do homem consigo mesmo, e com o mundo que o cerca, teria um lugar de destaque.

Aurora Gite

domingo, 17 de maio de 2009

A matemática de um casal

Esse título intrigou você?
Vamos destrinchar um pouco mais esse tema?
Aposto que você vai se surpreender mais ainda.

O próprio termo casal nos remete a um par, ao número "2".
E eu vou mostrar a você que um casal equivale ao número "1" e , se tentar transformar essa relação humana em "2", é o início do fim de uma convivência harmônica.

Duas pessoas se conhecem, descobrem um certo magnetismo no outro (que chamar de simpatia, tudo bem) , que vem da troca de olhares. No olhar está escondido um grande mistério, tente falar com a pessoa sem olhar diretamente, e observe o que ocorre dentro de você. Epa! Prometo, não misturar a física quântica nesse momento, mas que já podemos fazer várias conjecturas sob o prisma dos novos conceitos podemos. Os primeiros passos para essa leitura residem no poder da energia obtida através da visão, pensamento e imaginação.

Por que aquela pessoa, e não aquela outra, que está bem ao lado dela, te atraiu?
Por que a disposição interna de conhecê-la melhor?
Por que o tesão de prolongar ao máximo o contato, de fazer com que as palavras se arrastem e o relógio se atrase?
Por que vontade de que esse imã de ligação não perca sua força de atração?

Descoberta de afinidades, algumas reais, outras criadas, e sabemos que é aqui que reside o perigo. O encantamento pode ser tanto, e a carência pessoal maior ainda, que desligamos nossa capacidade de captar e coletar os dados diretamente da realidade externa e interna. O mundo da imaginação, quando unido à idealização pela fantasia sobre o outro e sobre nós, nos arrebata de tal forma, que nos embalamos no ledo engano da ilusão... e nos perdemos, abrimos mão de nós como indivíduos únicos. Porém nos esquecemos que mais cedo, ou mais tarde, a realidade vai se impor a nós. A vida não nos perdoa esse afastamento. O resgate de nossa individualidade, e a retomada da administração de nossa vida, vai ser sempre difícil e sofrido, e inadiável muitas vezes.

E a matemática?
Já ouviram falar no processo de individuação?
Então sabem que não me refiro a individualização, não é?
Como podem existir dois números "1" tão idênticos, mas tão distantes um do outro e tão díspares em suas equivalências, ou seja, no peso de seus valores.

No primeiro nos tornamos indivíduos, abertos ao outro, ao mundo de relação, sabemos nos cuidar, reconhecemos nossas necessidades, distinguimos o que pertence ao nosso mundo interno e separamos o que é do outro, conseguimos melhor administrar nosso patrimônio interior. Podemos nos bancar, ou seja, verificar se temos cacife - psíquico, moral, e mesmo financeiro, por que não? - para preservar o número "1" dentro da relação de parceria, e se temos condições de avaliar até onde podemos seguir na relação sem nos violentarmos. Uma violentação implica numa invasão agressiva ao nosso íntimo e a quebra do inteiro, do "1" que somos, e é a nossa relação conosco mesmo que fica "zerada".

No segundo nos tornamos individualistas, fechados ao outro, no mundo de relação prevalecem os próprios valores e os interesses individuais, ou seja, existe o "2", o "eu e você", mas não existe a relação casal. Como o individualista não sabe se cuidar, não se assume como sendo responsável por si mesmo, não consegue ir a luta e buscar conquistar aquilo de que sente falta - aliás nem sabe o que deseja realmente, nem do que precisa para ser feliz - espera que, quem com ele se relacionar, assuma a responsabilidade "sobrehumana" de bancá-lo em suas carências, de magicamente saber o que quer e precisa, e entre no papel de salvador acertando no aplacamento das angústias por suas frustrações. Sendo o eterno insatisfeito, representa o negativo do "1" , ou seja, o "-1". Só por aí a relação a "2" está zerada.

Há algum tempo gostava de dizer que o número representativo de um casal era o "11". Hoje, com mais vivência e com o manto de sabedoria que a vida vai nos protegendo, com humildade mudei essa convicção.

Considerando uma relação formada por dois números "1", queria que refletisse comigo, pois coloco que a relação humana, que surge de dois "1" equivale também a "1".

Se "relação casal" não for considerada como terceiro elemento inteiro da interação das pessoas, ela vai se tornar vítima de "momentos pessoais de cada um". A manutenção de um casal de inteiros vai depender da forma como cada um dos elementos anteriores vai administrar suas diferenças e da coragem com que vão bancar o "número infinito" de expectativas internas, que fazem parte de suas personalidades individuais, somadas às do mundo que os cerca, que também interferem nas qualidades das vivências cotidianas.

Acredito que a relação "1", surja do "entrelaçamento de partículas" individuais que permitam a cada um estar em vários lugares ao mesmo tempo, sem perder a força atrativa, ou o brilho pessoal. Ela traz como características o companheirismo e a cumplicidade, valores individuais que se entrelaçam, em prol da construção do "nós", sob a radiação luminosa da auto-estima e autovalorização - forças necessárias na manutenção do equilíbrio energético, elo de ligação desse "casal", e também em alguns momentos, ante possíveis desgastes advindos das convivências diárias, fontes reabastecedoras e reativadoras da sintonia entre o casal.


Aurora Gite

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A um arquiteto das palavras e construtor de perfis

A um "arquiteto das palavras" e "construtor dos perfis de seus novos personagens"

Se assistiu ao documentário "O Universo" ( History Channel ) - descobri que tem disponível no Youtube - e conseguiu, ao fazê-lo, administrar sua angústia como ser humano, preservar seu autoreferencial, assimilar toda essa revolução antropológica e metafísica, provavelmente, deve ter tido a percepção da urgência na mudança interna de paradigmas obsoletos no que diz respeito a visão de homem e de Universo, e na alteração e reestruturação de tantos conceitos que não expressam mais a verdadeira realidade.

Se você se permitiu chegar até aqui e está aberto a esses novos conhecimentos, visando ampliar sua consciência e se permitir entrar nesse novo mundo de universos paralelos, que está se descortinando científicamente, não pode deixar de dar mais um passo assistindo "Quem somos Nós?" ( disponível em DVD) .

"Partindo dos estudos da física quântica, mistura ficção e documentário para nos mostrar que a realidade, da forma como a percebemos, é ilusória, que nós é que a criamos e que, sim, nós podemos mudá-la. Depoimentos de físicos, filósofos e místicos afimam que a matéria não é sólida como pensamos: ela é etérea e mutável, e que nossos pensamentos podem alterá-la." E lá entramos nós numa nova leitura envolvente de nosso universo pessoal, tendo em nossas mãos o poder de processar tanta alquimia.

Imprevisibilidade? Probabilidades? Possibilidades? Intencionalidades? Princípio da incerteza? Relatividade? Comunicação âtômica? Aceleração de partículas e fenômeno de entrelaçamento via manipulação quântica ? Pensamentos com ações semelhantes aos fármacos tradicionais? Intenções mobilizando alterações moleculares? Importância da unicidade pessoal e de buscar se tornar "amante de sua alma" antes de qualquer outra relação amorosa?

Para acompanhar essa leitura vamos ter que mudar nossos óculos, pois a interpretação de seus significados só é conseguida sob uma compreensão perceptível totalmente fora dos padrões de uma maioria, acomodada em sua busca de adaptação ao conhecido captado por nossos cinco sentidos. Nesse sentido, também aqui temos que ter a coragem para nos desnudar de preconceitos e nos revestir de uma sensibilidade mais apurada advinda de outra dimensão extrafísica.

Se você chegou até aqui, gostaria de indicar um site que poderá ajudá-lo a se aproximar da "ciência gnósica" - gnosionline.org - Aborda a existência de uma Quarta Dimensão, existência comprovada após as revelações do microcosmo da mecânica quântica. Como nos colocou um verdadeiro gnóstico, Gurdjieff , em sua última frase, já em seu leito de morte: "Deixo vocês num beco sem saída".

Existe um livro, complexa leitura, mas muito interessante : "Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido (em busca do milagroso)" de P.D.Ouspensky, que nas suas buscas de um sentido para a vida, narra suas vivências com Gurdjieff , com seus ensinamentos sobre o "Quarto Caminho", seu foco na consciência (energia e estados vibratórios) , e na "alquimia ou química que leva em conta não só as propriedades físicas e químicas, mas também as propriedades psíquicas e cósmicas". E só agora "nossa vã consciência" está conseguindo abarcar um pouco do milagre da existência e do nosso papel ativo no direcionamento de nossa realidade. Mas o processo a partir daqui vai ser muito mais acelerado, as descobertas científicas não param...

O caminho do autoconhecimento, da autorealização íntima, e da constante busca de um desenvolvimento interno harmonioso e pacífico, não nos permite retorno, pois a interrupção desse encontro com nossa essência ( quer chamar de alma, tudo bem) provoca a pandemia do distúrbio mental denominado de crises de pânico ou "síndrome do pânico".

Nossa alma reclama também e pede nossa atenção. Não sabia e quer saber como isso acontece? Provocando essa gama de alterações funcionais em nosso organismo, que podem chegar a alterações orgânicas mesmo. Veja por si mesmo como ao se aproximar desse seu Ser, buscar escutá-lo em suas necessidades, atendê-lo e expandir seu verdadeiro potencial, esse tipo de quadro mental vai se modificar.

Abraço
Aurora Gite

terça-feira, 5 de maio de 2009

Indicação de um blog

Há mais de ano tenho procurado ler os "posts" de Gustavo Chacra . Atualmente na função de correspondente do jornal Estado de São Paulo em Nova York, ele utiliza seu blog para tratar somente de assuntos referentes ao Oriente Médio.

Além de ter ficado atraída por sua articulação de idéias,me encanta acompanhar sua perspectiva temática. Gosto de ver como, ainda jovem, procura se bancar em suas colocações e estabelecer limites a seus leitores. É isso que nos traz os parâmetros referenciais, necessários para relações pessoais e profissionais amadurecidas. No caso, nos direciona como leitor a acompanhar o pensamento do autor. Espelha a postura do escritor responsável tanto na defesa de sua liberdade de expressão, quanto no cuidado grato com seu leitor.

Desde o final do ano passado, aparece como texto contínuo no final de suas postagens: "Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes,ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores. Não é permitido postar vídeos. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima."

Outro ponto que me chama a atenção, e me faz ter muita esperança no futuro da humanidade, é o foco construtivo e apaziguador com que consegue abordar guerras e violências contra o ser humano. Ele nos traz o " fio da meada histórico" responsável pela criação dos povos do Oriente Médio, retrata como as comunidades foram surgindo em seu contexto social, político e econômico, e as insere nos moldes necessários as suas sobrevivências passadas e presentes, pontuando os atributos emergenciais para suas convivências atuais.

Agora é se dispor a ler seus blogs e acatar suas sugestões de pesquisa histórica. Sob o prisma histórico nada é por acaso, ou está tão solto assim. É a trama do mundo de relações que sempre direciona a ação humana.

http://blog.estadao.com.br/blog/chacra

Aurora Gite

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Escrever" um blog sem usar as mãos?

Na parte de Ciência & Tecnologia da Revista Isto é, edição 2060, de 30 de abril de 2009, um artigo de Luciana Sgarbi, me chamou a atenção.

O artigo traz descobertas e inovações da Engenharia Biomédica, envolvendo "capacetes que pensam". Essas notícias, científicamente comprovadas, ao mesmo tempo que me extasiam, me amedrontam quando vislumbro as repercussões de seu mau uso. Sendo assim surge dentro de mim uma pergunta inquietante: " Já estará o ser humano apto para saber - e "querer" - disciplinar e administrar suas forças interiores, seu cabedal interno de energias em movimento que ainda tanto o desequilibram?"

A autora aborda o aparecimento, no mercado, de aparelhos que usam impulsos do cérebro para comandar videogames e interagir no mundo virtual. "Imagine escrever um blog sem usar as mãos; jogar um videogame dispensando o joy stick; fazer movimentos com o rosto para interagir em um mundo virtual".

Passa a descrever o processo envolvido: "Como nosso cérebro envolve cerca de 100 bilhões de células que emitem impulsos elétricos, ele é o comando ideal para o funcionamento do novo capacete. A interface cérebro-computador lê os impulsos elétricos e os traduz em ordens que podem ser aceitas por um videogame. Um capacete interpreta a interação dos neurônios no cérebro e envia os dados, por meio de conexão sem fio, para um computador". Tudo com o uso apenas da força dos pensamentos e do poder de concentração.

Realça a Engenharia Biomédica que "apresenta o BCI, o Epoc e o Neurosky, evoluções fantásticas de entretenimento no mundo digital". Destaca a empresa australiana Emotiv, e suas aplicações em jogos, em que "um capacete de eletrodos ligados à cabeça torna possível pensar e enviar o pensamento ao computador".

Na mesma linha o Neurosky também se sobressai, segundo a autora, com seu "capacete que permite ao jogador usar ondas cerebrais para acender a espada do personagem Darth Vader. Ele identifica sinais elétricos cerebrais captados por um eletrodo e os transmite para um sensor sem fio acoplado ao brinquedo. Quando o usuário se concentra, o produto responde a comandos para os quais o brinquedo foi programado. Já a falta de concentração faz com que a espada se apague".

Saindo do campo dos jogos, ela destaca como ferramenta de comunicação da internet, o BCI-2000 feito para o microblog Twitter. Acreditem, se quiserem , ou confirmem buscando novas informações: "Um capacete transforma impulsos cerebrais em letras para postagens".

Sou muito curiosa para saber como as "coisas" surgem, talvez você também seja. Então vamos lá! Essa descoberta se deve, ainda segundo este artigo, ao engenheiro biomédico Adam Wilson, da Universidade de Wisconsin. Ele conectou o capacete ao computador e instalou previamente um alfabeto na tela. Sem tocar no teclado e apenas olhando a tela do computador, fez "aparecer" uma série de mensagens. Verificou que para "escrever" basta que o usuário " se concentre em uma determinada letra, o capacete a identifica e ela brilha, dando um sinal de que a sua seleção foi aceita. Assim frases são formadas".

E eu continuo me questionando: Quantos conceitos da metapsicologia ou experimentos da parapsicologia já poderão ser comprovados cientificamente! Mas, chegarão a tempo a nova Física Quântica, o Ser Quântico e a Psicologia Quântica , provocando a necessária "visão revolucionária da natureza humana e da consciência"?

De minha parte, cada vez mais, busco a expressão do "ser quântico" que faz parte de minha natureza humana. Agora é com você programar o patamar interno que quer alcançar na sua vida.

Posso fazer a indicação de dois livros que podem auxiliá-lo nessa busca?

"O Ser Quântico : uma visão revolucionária da natureza humana e da consciência, baseada na nova física", de Danah Zohar; Rio de Janeiro: Editora BestSeller, 2008. O livro já está na 17ª edição.

É uma pena que essas obras nos cheguem com tanto atraso. O "copyright" da obra citada acima data de 1990. Foi publicado inicialmente na Grã-Bretanha.

Da mesma autora, indico também "QS: inteligência espiritual"; Rio de Janeiro: Record, 2000.

Neste livro são apresentadas as últimas descobertas científicas sobre a existência e a importância de "QS" na integração do intrapessoal e do interpessoal. A inteligência não nos isola, segundo Zohar, na esfera estreita da experiência do ego e nem mesmo na experiência da espécie humana. "O vácuo quântico - realidade transcendente final - a física pode descrever". A esse terceiro "Q" é atribuído a "responsabilidade pelo significado de nossa existência", pois está ligado "à necessidade humana de ter propósito e objetivo na vida" - questões fundamentais nesse início de milênio.

Em tempo: Danah Zohar é física e filósofa, casada com Ian Marshall, psiquiatra e terapeuta, também escritor, que, segundo ela, muito contribui em suas reflexões sobre a natureza do ser humano. Não posso deixar de sentir um pouco de inveja e curiosidade sobre o casal e suas discussões visando o homem e o Universo, e de seu compartilhar de uma cumplicidade ética, na luta por uma sociedade com melhor qualidade de vida, formada por seres humanos mais íntegros e autorrealizados.

Aí repito comigo: C'est la vie, Aurora Gite! C'est la vie! E, com orgulho, olho para frente. Tanto a fazer...