sexta-feira, 1 de maio de 2009

"Escrever" um blog sem usar as mãos?

Na parte de Ciência & Tecnologia da Revista Isto é, edição 2060, de 30 de abril de 2009, um artigo de Luciana Sgarbi, me chamou a atenção.

O artigo traz descobertas e inovações da Engenharia Biomédica, envolvendo "capacetes que pensam". Essas notícias, científicamente comprovadas, ao mesmo tempo que me extasiam, me amedrontam quando vislumbro as repercussões de seu mau uso. Sendo assim surge dentro de mim uma pergunta inquietante: " Já estará o ser humano apto para saber - e "querer" - disciplinar e administrar suas forças interiores, seu cabedal interno de energias em movimento que ainda tanto o desequilibram?"

A autora aborda o aparecimento, no mercado, de aparelhos que usam impulsos do cérebro para comandar videogames e interagir no mundo virtual. "Imagine escrever um blog sem usar as mãos; jogar um videogame dispensando o joy stick; fazer movimentos com o rosto para interagir em um mundo virtual".

Passa a descrever o processo envolvido: "Como nosso cérebro envolve cerca de 100 bilhões de células que emitem impulsos elétricos, ele é o comando ideal para o funcionamento do novo capacete. A interface cérebro-computador lê os impulsos elétricos e os traduz em ordens que podem ser aceitas por um videogame. Um capacete interpreta a interação dos neurônios no cérebro e envia os dados, por meio de conexão sem fio, para um computador". Tudo com o uso apenas da força dos pensamentos e do poder de concentração.

Realça a Engenharia Biomédica que "apresenta o BCI, o Epoc e o Neurosky, evoluções fantásticas de entretenimento no mundo digital". Destaca a empresa australiana Emotiv, e suas aplicações em jogos, em que "um capacete de eletrodos ligados à cabeça torna possível pensar e enviar o pensamento ao computador".

Na mesma linha o Neurosky também se sobressai, segundo a autora, com seu "capacete que permite ao jogador usar ondas cerebrais para acender a espada do personagem Darth Vader. Ele identifica sinais elétricos cerebrais captados por um eletrodo e os transmite para um sensor sem fio acoplado ao brinquedo. Quando o usuário se concentra, o produto responde a comandos para os quais o brinquedo foi programado. Já a falta de concentração faz com que a espada se apague".

Saindo do campo dos jogos, ela destaca como ferramenta de comunicação da internet, o BCI-2000 feito para o microblog Twitter. Acreditem, se quiserem , ou confirmem buscando novas informações: "Um capacete transforma impulsos cerebrais em letras para postagens".

Sou muito curiosa para saber como as "coisas" surgem, talvez você também seja. Então vamos lá! Essa descoberta se deve, ainda segundo este artigo, ao engenheiro biomédico Adam Wilson, da Universidade de Wisconsin. Ele conectou o capacete ao computador e instalou previamente um alfabeto na tela. Sem tocar no teclado e apenas olhando a tela do computador, fez "aparecer" uma série de mensagens. Verificou que para "escrever" basta que o usuário " se concentre em uma determinada letra, o capacete a identifica e ela brilha, dando um sinal de que a sua seleção foi aceita. Assim frases são formadas".

E eu continuo me questionando: Quantos conceitos da metapsicologia ou experimentos da parapsicologia já poderão ser comprovados cientificamente! Mas, chegarão a tempo a nova Física Quântica, o Ser Quântico e a Psicologia Quântica , provocando a necessária "visão revolucionária da natureza humana e da consciência"?

De minha parte, cada vez mais, busco a expressão do "ser quântico" que faz parte de minha natureza humana. Agora é com você programar o patamar interno que quer alcançar na sua vida.

Posso fazer a indicação de dois livros que podem auxiliá-lo nessa busca?

"O Ser Quântico : uma visão revolucionária da natureza humana e da consciência, baseada na nova física", de Danah Zohar; Rio de Janeiro: Editora BestSeller, 2008. O livro já está na 17ª edição.

É uma pena que essas obras nos cheguem com tanto atraso. O "copyright" da obra citada acima data de 1990. Foi publicado inicialmente na Grã-Bretanha.

Da mesma autora, indico também "QS: inteligência espiritual"; Rio de Janeiro: Record, 2000.

Neste livro são apresentadas as últimas descobertas científicas sobre a existência e a importância de "QS" na integração do intrapessoal e do interpessoal. A inteligência não nos isola, segundo Zohar, na esfera estreita da experiência do ego e nem mesmo na experiência da espécie humana. "O vácuo quântico - realidade transcendente final - a física pode descrever". A esse terceiro "Q" é atribuído a "responsabilidade pelo significado de nossa existência", pois está ligado "à necessidade humana de ter propósito e objetivo na vida" - questões fundamentais nesse início de milênio.

Em tempo: Danah Zohar é física e filósofa, casada com Ian Marshall, psiquiatra e terapeuta, também escritor, que, segundo ela, muito contribui em suas reflexões sobre a natureza do ser humano. Não posso deixar de sentir um pouco de inveja e curiosidade sobre o casal e suas discussões visando o homem e o Universo, e de seu compartilhar de uma cumplicidade ética, na luta por uma sociedade com melhor qualidade de vida, formada por seres humanos mais íntegros e autorrealizados.

Aí repito comigo: C'est la vie, Aurora Gite! C'est la vie! E, com orgulho, olho para frente. Tanto a fazer...

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