sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Otimizando recursos em tempo de crises

Como otimizar nossos recursos internos, ainda mais em tempo de crises?
Veja se serve, como resposta, para você!

Considero esse texto impessoal e atemporal.Confere, por favor?

Todos nós temos que constituir e conviver com nosso
Fundo Mental Individual (FMI), auditorias, censuras e correções mentais.
Todos nós temos que identificar nosso capital inicial e superávit primário,
Realizar balanços equilibrados de "perdas" e "ganhos", e sempre investir.

Todos nós pautamos e referendamos negociações e replanejamentos,
Embasamos operações internas em autocontratos instáveis e levianos,
Que podem interferir no comprometimento ético e abalar a confiança na auto liderança;
Ou sérios e confiáveis, que conduzem à transparência e maior adesão à autogestão.

Todos nós temos que despender elevados custos operacionais,
Lutar contra egos inflacionários, pagar altos honorários inter-relacionais,
Muitas vezes, envolvendo "spreads", empréstimos e altas taxas de juros,
Visando a autopreservação, ante adaptações ou correções de erros cometidos.

Todos nós temos que conviver com um mercado social volátil e imprevisível,
Que necessita de constantes trocas e substituição de metas e ideais,
Na busca do encontro interior com o auto-equilíbrio, estabilidade, fidelidade, credibilidade,
Com a segurança de uma autoimagem confiável e a serenidade de uma boa autoestima.

Todos nós temos que, para atender a uma demanda mercadológica existencial,
E visão de futuro voltada para a dignidade pessoal e profissional,
Direcionar nossos investimentos para constante desenvolvimento e aprimoramento,
Focar metas em busca de nossa curva ascendente evolutiva.

Sucesso ou fracasso dependem da eficácia de fazer as coisas acontecerem,
Da apurada reflexão sobre a importação e exportação dos próprios conhecimentos,
Da mobilização estratégica do capital das ideias e emoções, dos valores éticos e políticos:
Questão essencial e emergencial de gerenciamento, empenho e prontidão nas escolhas.

Porém, só a cada um compete tomar as decisões e aproveitar as oportunidades,
Ter a coragem de abrir espaço internamente e ser sujeito de suas ações e aplicações;
Assumir o risco de mudar o ultrapassado, criar e inovar, sonhar e acreditar,
Lutar pela excelência na qualidade e otimização dos próprios recursos internos.

Aurora Gite

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Para melhor se situar no novo milênio

Essa postagem contém mais uma indicação, para aqueles que ousarem se incluir e desejarem se situar melhor no novo milênio.

Compartilho, por seu conteúdo que computo como muito especial, dois vídeos de Dr.Flávio Gikovate, publicados hoje (20.09.2013) em seu canal no YouTube, sob o título de:

" O que é o homem sexualmente livre?"
e
" Amor e sexo na internet"

Vale conferir e refletir sobre como queremos nos autoeducar e educar nossos filhos.


Endereços de acesso, divulgados publicamente:
http://www.youtube.com/flaviogikovate
http://www.facebook.com/FGikovate
http://twitter.com/flavio_gikovate

Aurora Gite


Ops! Vamos ver se dá para entrar direto:
www.youtube.com/flaviogikovate
www.facebook.com/FGikovate
www.twitter.com/flavio_gikovate

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Qualquer semelhança nas dúvidas, é mera coincidência!

Essa é uma "frase chavão" para se evitar processos judiciais. Mas até onde os limites contido em leis expressam realmente a Justiça?

Ninguém mais respeita as regras de combate, seja numa guerra, seja em embates políticos. Acredito que merece atualização o estudo sobre as formas como as pessoas se portam quando têm um poder - "supremacia na tomada de decisões" - nas mãos.

Nesse sentido, os desvios no uso ético desse poder é fácil de ser constatado em todas as relações em que existam pessoas que se colocam, ou são colocadas, em posições superiores às outras. Isso pode ocorrer nos vários graus de interações familiares, como pode acontecer nas relações profissionais, seja entre togados, seja entre líderes e seus subordinados, seja entre fanáticos e seus seguidores nas posições extremistas.

Poucos respeitam, nas sociedades atuais, a autêntica diplomacia, ou seja, a arte da retórica, do diálogo, de combates não violentos baseados em argumentos e evidências, no bom senso e na justiça envolvendo as partes envolvidas. Acordos verbais perderam seu peso para uma maioria. Poucos valorizam a palavra empenhada e sua quebra mediante consensos, amigáveis ou jurídicos, sem o emprego do desrespeito pessoal e a violência degradante da força física irracional.

E a metáfora figurativa da "Torre de Babel" se institui. Os ruídos nas comunicações são tantos que, além de desviarem o fluxo lógico das informações, ocasiona que cada um se feche em seu mundo representativo subjetivo, e não busque mais entender as mensagens, que os demais tentam transmitir. Ou se preocupem em tentar compreender os gritos de socorro, que procuram lhes comunicar. Caímos no famoso "cada um por si". Cada um é responsável pelo que lhe cabe, ainda mais nos casos que envolvem a funcionalidade de decisões profissionais. Seus pares, da raça humana, que procurem se defender contra os "poderosos personificados" ou "representados pela palavra das leis" no social, onde estão inseridos.

Nos últimos anos, tenho procurado entender o que poderia ter acontecido que tanto dificulta uma articulação harmônica entre os poderes da República representados pelo Legislativo, Judiciário e Executivo; porque se misturaram, de tal forma, aos interesses pessoais dos representantes do povo, e se contaminaram pelas diretrizes do poder midiático - bem diferente do poder das autênticas, justas, desconsideradas e repelidas com violência, manifestações populares, que deveriam estar sob a proteção e segurança dos que a atacam em linha de frente, mesmo sabendo que defendem suas próprias causas sociais.

Essa é a parte que exemplifica a torre de Babel atual, em que as pessoas estão mergulhadas. Perderam as referências de suas individualidades éticas e humanas. Suas referências identificatória aparecem padronizadas por uniformes, catalogadas por registros numerais e funções hierarquizadas, que seguem diretrizes superiores sem questionar, muito menos refletir sobre suas validades. Aliás, qualquer crítica ao sistema vigente, ou autocrítica quanto a motivação de seguimento de ordens irracionais, são logo punidas com prisões ou exclusão das corporações - pressão coercitiva nas diversas áreas sociais.

A pergunta que me tenho feito, constantemente, é: "Quem detém todo esse poder? A quem interessa essa deterioração das subjetividades e das organizações sociais articuladas de maneira inteligente e pacifica?"

Junto com ela, outra inquietação me acompanha, nos últimos tempos: "Como conviver com a grande revolta pessoal, implicadas no acato a leis jurídicas obsoletas, contra a organização atual e facilitadoras da impunidade criminal?"

A posição de juízes não é tão neutra, visto seguirem convicções baseadas no conteúdo frio de palavras, já ultrapassadas para o momento atual. Tal fato me lembra o acúmulo de frases, que se sucedem em lápides de sepulturas dentro dos cemitérios, "reino do que já está morto, reverenciado e mantido, por muitas pessoas, nas condições de suas existências em vida". Algumas convicções se tornam tão estáticas e enraizadas que adquirem "status de crenças inabaláveis" dentro de um fanatismo jurídico.

A posição de juízes não é tão neutra, visto suas conclusões dependerem de suas interpretações pessoais sobre o significado de referidas leis. Ao ocorrer uma interpretação pessoal, que atribua significados subjetivos a uma circunstância existencial, estão em jogo também a vida emocional seletiva e as experiências de vida de quem julga. Por mais que queiram garantir controle sobre uma fictícia neutralidade, evidências de imaturidade emocional podem ser verificadas nos repentes gestuais de impulsividade ou violência irônica retórica nos tribunais, que deixam a descoberto o não saber lidar com contrariedades ou frustrações.

Outras perguntas se agregam a minhas dúvidas pessoais:

"Como defender uma Constituição, com seus direitos e deveres democráticos prescritos a defender aos cidadão de uma Nação, se os mesmos não atendem mais as necessidades humanistas da Integridade Ética do Ser Humano e da Dignidade Moral Nacional?"
* A transparência imposta pela informação via Internet é a clareza da possibilidade de se alcançar alterações mais eficazes. Hoje em dia, soluções retrógradas, que paralisam os sistemas sociais, podem ser pareadas ou comparadas a soluções realmente eficientes. A exposição direta das falhas, colocadas publicamente, pelo novo sistema de comunicação da Globalização, apontam, sucessivamente, os erros nos sistemas de organização social atual e o caráter imperioso de mudanças estruturais.

"Qual é o valor dessa Constituição para os novos indivíduos que emergem no quadro social ante tantas, rápidas e simultâneas mudanças, que ocorrem no novo milênio?"
* Entendo "valor", no caso, como "força social".

"Quem manipula esse poder jurídico institucional, hoje enfraquecido pela perda das máscaras da funcionalidade das leis, e seus representantes legais expostos ao seguimento irracional da bíblia das constituições que lhes são impostas, e que devem ser seguidas a risca?"
* Vale lembrar que convicções jurídicas podem implicar em posturas fechadas ao novo, demandado pela característica da sociedade inovadora e empreendedora do milênic, e podem se fixar em crenças subjetivas, no caso, fanatismos legais e obsessões jurídicas.

Em meio a tudo isso, eu procuro a Justiça. "Quem me ajuda a encontrar?"

Aurora Gite




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Perdas desestruturantes da identidade humana (2)

Escrevi o primeiro post sobre "perdas desestruturantes da identidade humana" em janeiro de 2009.

E eis o ser humano se recusando a rever a História da Humanidade, e retirar de suas memórias as circunstâncias efetivas de grande sofrimento e destruições concretas de países e dos psiquismos de quem sobreviveu à calamidade, ocasionada por guerras e ataques à dignidade humana. Sempre se perde á nível de humano, independente de se posicionar como vencedor ou perdedor.

Como lidar com chefes de Estado, que colocar seres humanos como peças em seu tabuleiro de xadrez de tomadas de decisões, já abaixam o relógio na contagem do início do jogo com vidas humanas. A meta do jogo é a conquista do poder... de mais e mais poder. Não gosto da futura perspectiva de uma "Terceira Guerra Mundial". Minha razão se recusa a aceitar essa irracionalidade humana. Meu coração angustiado se comprime ao antecipar as consequências desses fanatismos nas relações de poder, derrubando o humano em cada um de nós.

Verifiquem como é atual essa postagem de 2009:


Perdas desestruturantes da identidade humana

Seus comentários são excelentes. Procuro sempre lê-los.
Penso que teríamos que focar os acontecimentos sob nova perspectiva, a partir de agora.Ante um quadro onde observamos:
  • o império da irracionalidade na busca de poder e exaltação de interesses personalizados,
  • a evidência da quebra da ética e dos compromissos assumidos sob esse prisma,
  • a constatação da não aceitação de acordos visando o bem comum e ações humanitárias,
acredito que nosso foco deveria recair no que temos no "aqui e agora existencial" dessas populações.
Sob uma leitura racional e emocional, análises e interpretações deverão recair nas perdas desestruturantes da identidade do ser humano, e que interferirão diretamente em suas reconstruções logísticas e convivências futuras.

Nesse sentido, vale lembrar que as perdas, na construção do ser humano, englobam os três tipos de lutos:

1- as perdas de entes adultos e idosos significativos, parentes ou não, testemunhos de nossas experiências, pontos de nossa auto-referência, reminiscências de nosso passado e sinalização de nossa passagem por esta vida;

2- as perdas de crianças e adolescentes, representantes de nossos projetos futuristas, sonhos e propósitos que dão sentido a nossa vida;

3-as perdas dos patrimônios materiais e culturais, de nossa tradição histórica, conquistas e aquisições : autorealizações reponsáveis pela valorização de nossa auto-estima.

Como se reestruturar como ser humano, com senso moral virtuoso e justo, ante toda a distorção da própria sensibilidade humana, necessária para suportar todo o flagelo desumano?

Como suplantar todo o ódio, raiva e ressentimento, que tendem a se transformar posteriormente em reações vingativas e intimistas, até como forma de amenizar toda a angústia que geram?

Como perdoar e superar todas essas vivências violentas, mescladas em ambos os lados por impotência e culpa, dos que sofreram e foram submetidos e dos que agrediram e humilharam?

Ambos os lados terão que se confrontar com a gélida barreira de autoproteção, porta de aço da sólida indiferença, instalada internamente para aprisionar o lado mais íntimo e afetuoso de cada um, postura necessária à sobrevivência física ante o dilema "eu ou ele".

E quanto a sobrevivência psíquica?

Ambos os lados são constituídos por pais, filhos e maridos, que viram projetadas suas próprias vidas, derrocadas suas esperanças, ao serem espelhadas as mortes de familiares e a sua própria morte, ante cada tiro dado ou agressão efetuada.

Zumbis e robôs, aceitando e dando ordens aviltantes, sem autonomia humana defensiva, sem direito a senso crítico questionador, que já pagaram e pagarão alto preço a partir de agora ante a intransigência que se observa.

Quem irá lhes propiciar posterior equilíbrio emocional, harmonia consigo mesmo; motivação para respeitar as leis e normas discriminadoras políticas, economicas e sociais; disposição para a construção de convivências pacíficas humanitárias num mundo tão ameaçador e persecutório, sem a segurança de lideranças confiáveis visando o bem-estar da raça humana?

Qual será a visão de mundo e de homem, que está sendo construída, e qual prevalecerá nesse século 21?
Isso é responsabilidade de cada um de nós, mesmo distantes.

Com pesar, Aurora Gite.

 
A mudança da cor da fonte tem sua intenção, pois vermelho é a cor do sangue que se esvai das vidas humanas de jovens combatentes, que nem sabem bem pelo que lutam, nas situações de guerras de tal porte.
 
Um pequeno lembrete: "Ante simulacros e simulações governamentais, que mesclam a dignidade e a postura ética das tomadas de decisão nas várias sociedades atuais,  é preciso pensar por si: recolher evidências, analisar sob várias perspectivas, refletir sobre eventos reais, buscando sempre preservar os aspectos evolutivos da Raça Humana". 
 
Isso vale para quem está nos campos de batalha, mas principalmente para os que têm responsabilidade - por pertencer à raça humana - de procurar se fazer ouvir dentro desse social, batalhando por estabelecer um limite racional e transformar a deterioração ética do grupo governante, em posturas transparentes e justas visando não só ao bem-estar coletivo, mas a harmonia pacífica de seus pares na Humanidade.
 
Aurora Gite

domingo, 1 de setembro de 2013

Quem tem o poder no mundo virtual?

Confesso que fiquei em dúvida ao dar um título a essa postagem.
A tentação inicial foi "Qual o poder atribuído ao educador no mundo virtual?"
Mas fui vencida por um título mais amplo, que abrange melhor a extensão da temática que quís desenvolver, e que muito me preocupa, no momento: "Quem tem o poder no mundo virtual?"
Várias ramificações surgiram, interessantes para futuras postagens. Não foi tão fácil manter um foco, como vão poder perceber.

Minha preocupação constante, percebendo a instalação de um "Big Brother", que todas essas divulgações de espionagem - traidores da pátria ou heróis futuros com papéis de destaque dentro da 'História da Humanidade" - dão a entender. Nessa luta por compreender "Quem é quem?", sempre tenho observado meu pensar cair na rede das "relações de poder", que a envolve.

Chegaram a pensar nisso?
Quem tem o poder nessa sociedade do conhecimento, ou da informação se preferirem?

Quem detém o poder de conter todo esse cabedal revolucionário das novas descobertas e não só a nível de processamentos e patentes, mas de armazenamento? Quem tem o poder sobre divulgar informações em momentos existenciais sociais, e o que está por trás da forma como isso ocorre? Que interesses outros se escondem por trás das operações realizadas no mundo virtual, acéfalas de lideranças virtuais para assumirem as devidas responsabilidades éticas sobre suas ações?

Ainda sinto grande desconforto, mesmo diante do fascínio com que esse "admirável mundo novo" me envolve, trilhando esse mundo virtual instantâneo, em sua acronia (ausência de tempo) e atonia (ausência de lugar). Mesmo não gostando das perspectivas que se delineiam, a meu ver, para médio e longo prazo, não há como não deixar de reconhecer a necessidade de procurar os referenciais identificatórios atuais para "buscar pertencer" a essa nova sociedade, que emergiu dos "destroços e da violência física e da vulnerabilidade do saber orientador do bem viver" do milênio anterior.

Quem tem o poder sobre o "design" dessa sociedade, que passa a conviver com "coisas que falam" via sensores (concepção animista), que se entrega fiel aos "cuidados medicamentosos via chips implantados no corpo", que assimila rapidamente o modelo de "computação em nuvens" e passa a adotar a "cultura virtual, da globalização e do ciberespaço (espaço aberto)"? Convém aqui abrir um parêntese para um esclarecimento, para quem possa não saber o significado de nuvem dentro do mundo virtual: "A 'nuvem' é um espaço de processamento e armazenamento de dados, que não depende de nenhuma máquina para existir" (Revista Veja, edição 2125, 12.08.09 - edição histórica que deve estar no arquivo digital ou virtual de Veja: acredito valer a pena ler esse artigo).

Quem está com o poder na época atual digital que propicia "cruzamento de informações instantâneas e simultâneas", trazendo análises e avaliações, de atitudes do passado e de intenções para o futuro, para o julgamento real e efetivo no presente, e com as devidas repercussões no aqui e agora vivencial? Até a Justiça está se permitindo retirar a venda de seus olhos, e se fortalecer o suficiente para exigir respeito a leis constitucionais de um bem viver, a cobrar juridicamente um agir transparente e um conviver pacífico dentro dos limites de uma ética de princípios. Como não reconhecer essa transformação de tal porte e não lembrar dos desígnios proféticos de Nostradamus, ou não recordar da depuração do joio dentro do milharal social dos "Homens de Bem"?

As informações estão aí prontas, ao nosso dispor. Ops, desde que haja energia elétrica! Problema ainda do momento em que o social é assolado pelos "apagões governamentais" e descuidos na manutenção e fiscalização em seus sistemas elétricos. Mas penso que graças ao raciocínio das máquinas tecnológicas com suas inteligências artificiais, logo vai estar solucionado; ainda mais com o desemprego do raciocínio humano, usado cada vez mais como serviço terceirizado para manter as máquinas operacionalizando as informações eficazmente.

Lembro do alívio que trouxe, para a população em geral, a distribuição de energia elétrica via "wireless". Bastava então incluir um aparelho através de uma senha de acesso, para poder acionar a Internet de um provedor, uma fonte estacionária a outras usuários móveis. É claro que tudo tem um custo! Sempre me pergunto: Quem detém o poder do corporativismo das operadoras do ramo? Uma nova e reduzida categoria social está se fortalecendo, e isso me assusta pela proximidade com totalitarismos desumanos e acéfalos em sua razão crítica, a quem o coletivo representa oportunidade para planejamento de estratégias para padronizar os meios de comunicação, transformando a diversidade das pessoas em igualdades que "destituem os sujeitos"  em prol da falácia das massas.

Indo mais além: Quem está por trás de todo esse comando tecnológico informatizado que detém o saber, sua seleção distributiva e sua veiculação operacional? Há algum tempo além dos poderes legislativo, judiciário, executivo, observamos claramente a ascensão do poder midiático, elevado à categoria de 4º poder, com sua capacidade de montar e manipular realidades. O mundo virtual não se submete aos simulacros e simulações, regalias de parte de representantes da mídia, que ainda se orgulham de manifestar o lado negro de sua força social, o lado "andróide" do pensar humano.

Quem detém o poder sobre o educar do pensar humano; educar para a contenção e o auto-gerenciamento do homem sobre suas pulsões (forças impulsivas inatas); educar a subjetividade para sua inserção na coletividade, educar a coletividade para o encontro marcado com seus pares na humanidade, cósmica e espiritual, como não?

Os preguiçosos, físicos e mentais, devem se sentir realizados, pois é só apertar um botão e ligar seus computadores, em vários tamanhos e tipos com seus acoplamentos a celulares, e logo observam uma tela que ao ligar já atordoa, a quem a contempla, pelo número de informações que surgem, acúmulo de saberes diversificados, buscando um espaço de maior proeminência entre anúncios, que se acotovelam e se sobrepõem mesmo uns em cima dos outros, num piscar infernal à visão de qualquer um, que tende a se concentrar, e se esforçar a focar sua atenção para informações que, realmente, lhe interessem.

Esse é um dos motivos centrais da minha preocupação sobre a educação da "geração y". O que vai restar no campo psíquico, cognitivo e afetivo, após a passagem da euforia das novidades dos jogos online, das salas de bate-papo e da ilusória distorção maníaca de conceitos e atribuições, visto amigos de anos de convívio, serem facilmente substituídos por "grandes amigos virtuais de convivío recente e esporádico, dentro de uma convivência passível de simulacros e simulações"? Vivemos na perversa época virtual do "me engana que eu gosto", e do incentivo de paranóias circunstanciais, medos inventados e assimilados como verdadeiros sem que nossa razão esboce qualquer contestação lógica para combatê-las. Sendo assim, evidências concretas, que estimulem um "sadio pensar e afetar psíquicamente", são manipuladas até o descrédito e desconfianças nas percepções reais. Onde vai se posicionar uma geração formatada para sentir esse medo irracional e, sobretudo, para não ter visão moral crítica, ou ao menos ponderar racionalmente e refletir sobre a validade para si do que lhe é imposto pelo social épico a que pertence?

O papel do novo educador chegava até mim de forma muito confusa, até alguns meses atrás. Agora vai-se clareando de uma forma positiva, por incrível que pareça. A meu ver, a formatação didática virtual e o manejo dos novos recursos e conhecimentos, está bombardeando currículos ineficientes e didáticas obsoletas, que mais visavam a manutenção do "status quo" de instituições, do poder governamental vigente e da meta oculta de uma produção de máquinas não pensantes, que se adaptassem à engrenagem do social pré-estabelecido. Nesse tipo de educar a ênfase recaia no acúmulo de informações, jorradas sem observância de sua prática para os alunos, que, desinteressados de matérias obsoletas, desistiam do prazer de aprender, do tesão da descoberta e da volúpia da construção do conhecimento.

No meio de tudo isso, surge um novo perfil de educador, que agrega a instrução, ou passagem de conhecimentos, que "somem algo para a formação integral do aluno". Com a Internet e a globalização surge a possibilidade de livre acesso às pessoas ao poder conhecer e se apropriar das informações fora das salas de aula e do âmbito familiar e social. O botão a ser acionado pelo educador é o de facilitar a conexão do aluno com um querer verdadeiro, que estimula sua vontade de aprender e sentir o tesão das conquistas autorrealizadoras - forças internas de mais valia ao criar novos conhecimentos e inovar, ou colocar sua produtividade no social, com um "know-how" imbatível por ser de seu patrimônio exclusivo e intransferível.

O ponto central do educador é encontrar brechas para conseguir que o aluno tenha essa amplitude de percepção advinda de "sentir a força do poder adquirido" com o "prazer de aprender a aprender"e depois desse processo a "querer transformar o apreender em resultados inovadores". O trabalho contínuo do educador dentro do mundo virtual  se volta a mobilizar a curiosidade espontânea dos alunos, propiciando que se tornem "eternos autodidatas" - característica imprescindível ao perfil pró ativo e empreendedor, que demanda a força de trabalho atual.

Emerge no ensino virtual um "educador-professor-empresário". Assim sendo, não só busca, em sua função de ensinar, o trabalho em cima do pensar, refletir, raciocinar, analisar, questionar, expor as próprias ideias, conviver com os riscos da exposição e possíveis frustrações por fracassos circunstanciais, mas ir +além voltando-se ao dialogar, criar, inovar. Busca como empresário de vídeo-aulas, recurso atual que ganha espaço no mundo financeiro do professor que passa a ter, como material de consumo, seu marketing pessoal promocional, conter as sensações das gratificações aparentes, que atingem todas as celebridades, sabendo ser capaz de manter a posição de humildade e dignidade aberta a trocas engrandecedoras na relação dialética entre mestre e aprendiz

Aurora Gite

Algumas indicações, pertinentes a vários aspectos do tema abordado:
* Palestra "Espaço,Tempo e Mundo Virtual" www.cpflcultura.com.br  - onde Marilena Chauí aborda a questão da contração do tempo e do espaço do espetáculo na cultura virtual.

** Visita ao site www.biologiatotal.com.br do professor Paulo Jubilut - vale conferir como chegou onde se encontra com uma nova didática promissora para o milênio virtual, e sua vídeo aula pelo Canal Youtube: "Fazer Cursinho ou Estudar Sozinho?" onde vão encontrar muitas referências para traçar o perfil do aluno virtual e do novo professor para lhe fazer frente.

*** Rever a entrevista de Roberto Shinyashiki (médico-psiquiatra e empresário palestrista)- abordando as competências para "vender ideias" e "convencer!" - Procurem em Rádio CBN-Mundo Corporativo, Programa de Entrevistas de Milton Jung . O blog de Milton Jung é www.miltonjung.blogspot.com.br