segunda-feira, 21 de junho de 2010

Evolução da Ciência?

Muitos ainda buscam negar as profundas transformações e mudanças de paradigmas advindos com as novas descobertas na área da Física.

Talvez ainda pareça estranho falar na Física Quântica como a ciência das possibilidades. Mais ainda da necessidade de investigarmos o campo das probabilidades dentro das possibilidades, para ampliarmos nossa consciência sobre o que nos ocorre.

Em posts anteriores várias vezes citamos Einstein e realçamos a não existência de respostas absolutas, mas relativas. Tudo depende do referencial. da perspectiva de quem observa, de seu ponto de vista, que por sua vez depende da posição desse observador.

Quantas vezes temos dificuldade de entender a posição do outro, de conviver com diferenças, de querer impor pontos de vista, quando o imperativo estaria no discernir qual seria o referencial do interlocutor em sua exposição oral ou escrita. A ciência não está mais absolutista. E cada vez mais com as desmistificações das criações visando incrementar os poderes institucionais, nos deparamos com a grandiosidade da raça humana, responsável por sua escolhas e qualidade de vida.

Indico para quem procura estar dentro das novas descobertas no campo da ciência e espiritualidade o vídeo da palestra no CPFL Cultura, proferida em 20/10/2008, por Dr. Moacir Costa de Araújo Lima. Bacharel em Física e em Direito, professor universitário da PUC-RS, escritor interessado nas conexões entre ciência e espiritualidade, participou de vários congressos nacionais e internacionais na área de parapsicologia e espiritualismo científico.

Na presente palestra nos presenteia com seu amplo conhecimento, em diversas áreas, reunidos para um "exame dos paradigmas científicos dentro da evolução da ciência, desde o materialismo realista até a Física Quântica". Sua fluência verbal, capacidade de síntese, segurança nas informações emitidas prende nossa atenção ao conteúdo transmitido. Sua desenvoltura oratória e conhecimentos sobre as áreas abordadas, transformam ensinamentos densos em sua complexidade e em seu pioneirismo inovador, em leves e de fácil incorporação por nós ouvintes.

Para quem se interesse pelas novas pesquisas relatadas e pelos resultados atuais a que se tem chegado indicamos o site :
www.cpflcultura.com.br/posts/videos?page=11

Acreditamos que não irão se decepcionar, se estiverem abertos a novos paradigmas.

Ainda duas observações:
1- o número da "page" varia sendo inserido novos videos; é só verificar na página seguinte.
2- para consultar a lista de todos os vídeos clicar em "discussões e reflexões" na página inicial do CPFL (ops! trocando as letras da sigla não vai entrar mesmo)

Aurora Gite
postado em 21/06/2010
às 13:40h

domingo, 20 de junho de 2010

Um instante de silêncio

Tocam os sinos ante a partida de José Saramago, escritor português, prêmio Nobel de Literatura em 1998. Só? Respondo essa pergunta no transcorrer desse post.

Tocam os sinos como obrigação de um ritual de despedida aos mortos. Hoje esse célebre toque a finados nos remetem ao texto de Saramago lido na cerimônia de encerramento do Forum Social Mundial de 2002, intitulado "Este Mundo da Injustiça Globalizada" e suas colocações que os "Toques a finados, pela Justiça, porque a Justiça está morta".

Como ocorre, com registro longitudinal na História, muitas idéias e contestações de grandes Homens, passam a ganhar amplitude e reconhecimento após sua morte. "Saramago, talvez sua voz agora se faça escutar com a vibração positiva e otimista que o embalou em seus ideais pacifistas e fraternos!"

Segundo suas palavras no Forum:

"Não estou em erro, não sou incapaz de somar dois a dois, então entre tantas outras discussões, necessárias e indiscutíveis, é urgente um debate mundial sobre a democracia e as causas de sua decadência, sobre a intervenção dos cidadãos na vida política e social, sobre as relações entre os Estados e o poder econômico e financeiro mundial, sobre aquilo que afirma e aquilo que nega a democracia, sobre o direito à felicidade e a uma existência digna, sobre as misérias e as esperanças da humanidade, ou, falando com menos retórica, dos simples seres humanos que a compõem, um por um e todos juntos. Não há pior engano do que o daquele que a si mesmo se engana. E assim é que estamos vivendo."

Destacava a necessidade da implantação no mundo de uma Justiça companheira dos homens:

"Uma Justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste."

"Uma Justiça que é companheira dos homens, que é condição de felicidade de espírito e até, por mais surpreendente que possa parecer-nos, condição do próprio alimento do corpo... Nova Justiça, distributiva e comutativa... Justiça protetora da liberdade e do direito."

Segundo ele, existe o código consignado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, porém nele raramente se fala, quando não se silencia, e cuja retidão de princípios e clareza de objetivos, contrastam com as realidades brutais do mundo atual, que investem violentamente "contra a dignidade racional e sensível que imaginávamos ser a suprema aspiração dos seres humanos".

Procura nos tirar da "cegueira branca", idéia central de seu livro e filme "Ensaio sobre a Cegueira", de 1995, onde diferente da cegueira das trevas e da escuridão visual, somos cegos que vendo, não enxergamos o que nos cerca, interna e externamente. "É preciso cegarem-se todos, para que enxerguemos a essência de cada um."

"Se podes olhar vê. Se podes ver, repara." E lança questões para reflexões: "Será que respeitamos os valores mais básicos da sociedade?"

Continua a nos recordar que a "Democracia, invenção dos atenienses ingênuos, como governo do povo, pelo povo e para o povo."

E nos confronta com nossa realidade atual: " Podemos votar por delegação da partícula de soberania que se nos reconhece como cidadãos eleitores e, normalmente por via partidária, escolher nossos representantes no governo... A possibilidade de ação democrática acaba por aí... Não nos apercebemos que governos eleitos por nós vão se tornando meros comissários políticos do poder econômico, com a objetiva missão de produzirem as leis que a esse poder convierem, para depois, envolvidas nos açúcares da publicidade oficial e particular interessada, serem introduzidas no mercado social sem suscitar demasiados protestos, salvo os de certas conhecidas minorias eternamente descontentes."

O que fazer? "Não tenho mais nada que dizer. Ou sim, apenas uma palavra para pedir um instante de silêncio (para ouvir o sino tocar). Ouçamo-lo por favor" . Acordar, ver, reparar, analisar e refletir como cidadão participante e engajado nesse mundo, não como cegos visitantes que necessitam ser guiados e dirigidos por grupos que tomam posse dos governos como se fossem bens particulares.

Saramago tinha consciência do poder da Internet para divulgar idéias. Criou um blog em setembro de 2008, intitulado "O Caderno". Segundo suas palavras, "um espaço pessoal na página infinita da Internet". O site do blog é "caderno.josesaramago.org" .

Teve preocupação que suas idéias estivessem presentes, e que seus livros persistissem vivos após sua morte, daí a criação da Fundação Saramago. Tinha como certo que criações humanas não são meras articulações textuais mas "apelos à reflexão sobre presente e o futuro", daí a importância que busquem sempre a preservação dos valores humanos.

Existem vários vídeos no YouTube, que possibilitam acompanhar suas idéias, através de entrevistas dadas a vários setores midiáticos, e espero que possam esclarecer que atrás do enquadramento de pessimista e ateu comunista, depredador dos bons costumes, Saramago era um otimista esperançoso, confiante na capacidade do ser humano de lutar por comunidades e sociedades mais justas, livre dos domínios ideológicos políticos, econômicos ou religiosos.

Acreditamos que aos leitores mais sensíveis, que buscam entrar no pensamento do autor, atrás da concretude da palavra, que se embrenham na procura do significado simbólico e do sentido do contexto situacional, vai se destacar a pureza do estado de espírito desse Homem, magistral escritor e persistente lutador por uma humanidade mais livre e feliz.

Aurora Gite
postado domigo 20/06/2010
às 13:30 horas

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Aquilo que parece não ser, nem sempre não é ...

"A Profecia Celestina" de James Redfield... livro que ganhei de presente em 2000 e por tantos anos esquecido em uma prateleira. Não conhecia o autor. O nome não me sugeriu algo científico. Desatenção indesculpável comigo mesmo, pois aprendi muito com essa leitura. Verifiquei que foi escrito sua continuação "A Décima Profecia" em 2009 e já o coloquei na lista de consultas sobre seu conteúdo, para prováveis próximas aquisições.

Não me ative, na época, a uma investigação mais atenta e constatação que abordava a civilização maia e os Templos Celestinos ou Celestiais, localizados no Peru, bem como o encontro com a sabedoria revelada em um manuscrito. Na história o autor realça que não é o entendimento intelectual que traz esse saber, mas "...é a experiência (de cada um) que confirma o manuscrito... quando refletimos, de fato, em como nos sentimos dentro de nós, em como nossas vidas estão indo nesse momento da história, (aí é que) vemos que as idéias do manuscrito fazem sentido, que soam autênticas" (p.12).

Cada vez mais curiosa, procuro informações sobre seu autor. Gosto de acompanhar os autores inserindo-os na época e contexto em que vivem. Redfield, nascido em 1950, atuou como psicólogo durante 15 anos, agora é escritor, professor, roteirista e produtor cinematográfico. Queria saber mais, a meu ver esse leque estava muito solto, para acompanhar suas idéias e possíveis experiências de vida contidas no romance. Quais seriam os seus interesses mais específicos? Novas pesquisas pela internet. "Seus interesses estão voltados para a psicologia interativa, filosofias orientais e ocidentais, ciência, futurismo, ecologia, história e misticismo".

Já tínhamos grandes pontos em comum a meu ver que despertasse minha curiosidade para uma leitura mais atenta do conteúdo que buscava transmitir. Uma frase do autor me chamou a atenção: "Cada um de nós deve intuir o seu destino espiritual". Assim me aventurei com o autor no que chama "Uma Aventura da Nova Era" com tal avidez, e como me era tudo familiar, terminei a leitura em uma semana, anotei, cruzei dados, experienciei dentro de mim o tipo de energia que mobilizava.

Logo no início, em Notas do Autor, Redfield coloca algumas orientações, que tenho como quadros referenciais sob o prisma em que ele busca que sua obra seja compreendida, e sua expectativa sobre a atitude do leitor ao término da leitura:

"Há já meio século, uma nova consciência vem invadindo o mundo humano, um novo conhecimento que só se pode chamar de transcendente, espiritual. Se você se descobre lendo este livro, talvez já sinta o que está acontecendo, já sinta isso dentro de si... A história seguinte é oferecida a essa nova compreensão. Se comover você, se cristalizar alguma coisa que você percebe na vida, passe a outro o que vê - pois acho que nossa consciência do espiritual está se expandindo exatamente dessa forma, não mais pela publicidade e a moda, mas pessoalmente, por um tipo de contágio psicológico positivo entre as pessoas".


Procurei observar dentro de mim não só o processo de associação mental desencadeado por suas idéias, mas aonde conduzia meu sentir e a energia mobilizada pela absorção do que considerei seus pontos básicos. Sabia que idéias surgiriam em meu pensamento. O que precisava era estar atenta a sensibilidade que provocava e captar as mensagens intuídas.

Desde pequena me vi assolada por sensações de inquietação, muita curiosidade com o que existia ao meu redor, coragem e ousadia para mergulhar dentro de mim e me descobrir dentro da realidade que não me foi tão fácil assim, até por minha maneira de ser. Enquanto outras crianças buscavam brincar, mais introspectiva - me orgulho desse meu lado - meu interesse se voltava aos porquês da vida. Por que o ser humano só consegue se ver observando no espelho? Por que as pessoas tanto se diferenciam se entram no trem da vida e descem no mesmo local? O que viria antes: a idéia ou o pensamento? Como tudo é processado dentro da mente? Onde se localiza a memória?

Sempre gostei muito de ler. Gostava de ler Dostoiévski e os grandes pensadores. E me punha a pensar de onde lhes vinham tantas idéias. Nem de longe pensava em nossa capacidade intuitiva e em uma sensibilidade mais apurada. Sinto meu ouvido não ter sido direcionado para uma escuta musical. Não tinha o dom musical, mas admirava a disciplina e o controle sobre o corpo das bailarinas ou ginastas olímpicas. Por outro lado, que sensação de liberdade e plenitude ao apreciar o sol, a lua ou um céu estrelado e me questionar sobre o Universo. Meu peito se enchia da amor ao notar como formiguinhas conseguiam transportar nas costas um enorme folha, de forma ordenada e com rítmo. O mesmo ocorria ao vislumbrar o arco-íris, mesmas sequências de cores surgidas no contato da água com a atmosfera. Que inteligência estaria por trás de tudo isso?

Existem situações que me impressionaram de tal forma, que me recordo não só dos detalhes, mas do som da voz e até do odor ou sabor, se for o caso. Tenho dificuldade ainda em explicar como isso ocorre. Por exemplo, aos 12 anos conseguia estar tão atenta a uma aula de geografia sobre o deslocamento das nuvens, e toda a energia elétrica mobilizada, sendo meu entender imediato com a mesma sensação de familiaridade que me acompanha em alguns momentos de minha vida, ainda hoje. Lembro que nesse dia tirei uma nota 10 extra, pois a professora, surpresa de meu interesse, perguntou se eu era capaz de repetir a aula dada. Não sei como, mas eu tinha gravado tudo e segui toda sequência. Quando dei por mim, todas as colegas batiam palmas. E eu me questionava aonde tinha ficado todo esse conhecimento. Embora o primeiro contato tivesse sido naquele momento as informações me eram tão familiar.

Estas colocações podem parecer estranhas, mas emergiram da proposta do autor sobre reflexões buscando uma amplitude da consciência sobre nosso passado, estabelecendo um elo entre as coincidências que nos ocorreram. Nessa visão panorâmica, nesse alongar nosso "agora" afastando a "ilusão dos acasos" realmente obtemos maior clareza e melhor percepção sobre o propósito de nossa vida e mesmo sobre nossa missão espiritual.

Redfield destaca em nosso caminhar evolutivo espiritual rumo ao encontro de uma sintonia e sincronicidade com uma "consciência cósmica", a importância do treino e conquista de uma amplitude de consciência em seus níveis de compreensão, de uma lucidez perceptiva de que nada ocorre por acaso ( nem mesmo uma idéia em nosso pensamento- se surge deve ser investigado seu porquê), de um despertar da nossa massa crítica para estabelecer uma correlação entre a série de coincidências cotidianas, obtendo inclusive uma visão panorâmica da ligação entre nossas intuições.

As visões contidas no Manuscrito, encontradas cada uma a seu tempo, e assim também compreendidas conforme a evolução de cada um, estão voltadas para o crescimento espiritual humano. Conforme elas iam se desvendando fui me recordando de meu blog de 2008 "Quer receber um presente meu". Observo o mesmo caminhar em espiral, afunilando a energia, como que purificando-a e tornando-a mais leve para essa integração com a energia cósmica.

Achei muito interessante e para mim dentro de um movimento interno novo, a obtenção da consciência do tempo histórico, da "perspectiva do mundo humano dentro de um observar o tempo não na nossa perspetiva de vida, mas de todo o milênio", de forma a transformar nosso agora num agora mais longo. Lembrei muito de Blake e seu "Importância de uma Estrofe": "Ver o mundo num grão de areia, e o céu numa flor silvestre; prender o infinito na palma da mão, e a eternidade numa hora".

Continua o autor, expressando o segredo da existência humana, contido no manuscrito: "Sendo o Universo energia, irradiada por vibrações, pode-se observar padrões de energia e perceber campos energéticos".

Procurando acompanhar as idéias que surgiam em meu pensamento, recordei-me de quando acompanhei algumas pesquisas e experiências sobre bioenergia. Uma das mais simples, que qualquer um pode fazer, consistia em estando as mãos separadas em concha, uma na frente da outra,ir aproximando-as lentamente até sentir o campo magnético existente entre elas.

Outra pode ser observada focalizando adequadamente os olhos em alguém, tendo concentração mental e postura de meditação (relaxamento e quietude mental) é possível ter uma visão do campo de energia do outro. Lembram do filme "Patch Adams-O Amor é Contagioso" no início quando Patch quís ser e um dos pacientes lhe estende a mão com os dedos abertos e pede que lhe diga quantos dedos vê? Distancie um pouco seus dedos e obtenha um foco onde vai poder observar o campo energético que os cerca.

Partindo do pressuposto de que nossos pensamentos são energia, a qualidade das idéias que permitimos penetrar no nosso campo mental vai interferir na características dessa energia. Sendo assim, segundo uma das visões, ao nos conscientizarmos da interferência de nossas expectativas e desejos incontroláveis, dos "dramas de controle" aprendidos na infância, de como energias vitais nos são sugadas nas relações onde as lutas pelo poder imperam, é proposta uma nova ética interpessoal, consciente e coerente com o caráter evolutivo espiritual, que vai transformar a sociedade.

Essa cultura emergente vai estar voltada para a busca de uma sintonia vibratória mais ampla. O reconhecimento de que as pessoas não cruzam em nosso caminho por acaso, ou de que as idéias não surgem em nossa mente aleatoriamente, mas que sempre há uma mensagem a ser descoberta, nos permite vislumbra a grandiosidade dos encontros humanos mesmo os mais turbulentos.

O encontro com essas sincronias de coincidências, e o desenvolvimento consciente para sua percepção em curto espaço de tempo, vai possibilitar maior acuidade e rapidez intuitiva no que se refere ao que nos dá sentido à vida e ao nosso propósito ou missão espiritual. Isso nos remete a uma consciência cósmica, à percepção da energia amor, à apreciação da beleza aqui incluo liberdade, verdade (transparência) e justiça.

A expansão da percepção de que o "Universo reage sutilmente à energia mental que projetamos nele", vai nos mobilizar, nesse milênio, a ter maior atenção com a qualidade da energia que emitimos e absorvemos. Na nova era, de posse desses conhecimentos aumenta nossa responsabilidade de estarmos alertas para expressar o nosso lado bom, pensando sempre no campo energético que criamos ao redor e, se necessário, nos afastarmos daqueles que não nos possibilitem evoluir. O importante é não nos permitirmos engrossar o campo energético de violência e involução dos que buscam regredir seu nível consciente e espalhar a destruição ao redor de si.

Nós como seres humanos conscientes de nosso poder energético e capacidade de interferir diretamente no equilíbrio do planeta como um todo, cidadãos mundiais, temos o direito e dever de esclarecendo as coincidências de nosso passado, nos voltarmos objetivamente à missão de restaurar, nesse milênio, a segurança espiritual perdida, para o êxito do resgate da evolução e grandiosidade da raça humana.

Finalizo com as palavras dos editores (Ed.Objetiva - 77ª edição): "Você vai perceber como as previsões reveladas neste livro podem ser associadas aos fatos mais importantes do nosso século, e também aos nossos relacionamentos mais íntimos". Eu também me permiti embalar nas associações que propicia e que me valeram alguns encontros com o passado e devidos acertos de contas.

Aurora Gite
04.06.10
postado às 23.05 horas

Ressalva: James Redfield além de "A Décima Visão", já escreveu "O Segredo de Shambala: Em Busca da Décima Primeira Visão" e o filme sobre "A Profecia Celestina" já existe em DVD.











Aquilo que parece ser, nem sempre é...

Acabei de ler O Símbolo Perdido de Dan Brown, surpresa com seu conteúdo e com as novas/velhas perspectivas cada vez mais compreensiveis ante as descobertas científicas e avanços tecnológicos em diferentes áreas.

Poucos devem ter ouvido falar da Ciência Noética. da Maçonaria e seus símbolos, da Pirâmide Maçonica e seu significado, sobre a busca de elos perdidos entre a ciência e o misticismo. Embora contidos sob a forma de romance, organizações como a Francomaçonaria e o Instituto de Ciência Noética existem realmente.

Noética (wikipedia.org) é a "Disciplina que estuda os fenômenos subjetivos da consciência, da mente, do espírito e da vida a partir do ponto de vista da ciência... De formulação recente, seu objeto e metas fazem parte de todas as tradições esotéricas das religiões do mundo. Como conceito filosófico, em linhas gerais, define a dimensão espiritual do homem..."

Muito se tem falado sobre a experiência intencional e o poder da convicção, sobre nossa capacidade como observadores de interferirmos no mundo fisico, sobre a habilidade da "consciência viva transformar possibilidades de algo em algo real", sobre comprovações científicas de como canalizando positivamente as idéias contidas na energia pensamento "pessoas transformarem células cancerosas em células saudáveis apenas pensando nelas", visualizando imagens como de exército de glóbulos brancos combatendo as neoplasias. Eu mesma pude direcionar alguns pacientes para exercícios desse tipo, podendo me gratificar ao vê-los depois de algum tempo adentrarem meu consultório de aspecto saudável e feliz para me entregar seu convite de casamento.

Eis a Consciência Quântica, a Nova Física, as descobertas atuais da Neurociência e os novos paradigmas funcionais e mesmo fisiológicos apontando à necessidade de reflexões e alterações de conceitos ultrapassados e à inserção de novos conceitos ante fenômenos humanos observados científicamente. Alguns ainda no aguardo de comprovações científicas validando os efeitos observados e novas conceituações, particularmente na área médica, na intersecção saúde/doença/cura, e perspectiva de campos energéticos vibracionais. Nesse sentido indico a visita ao site de Dr.Sérgio Felipe de Oliveira e o contato com suas pesquisas e aulas na FMUSP. Registro minha admiração por sua coragem em se expor, e ousadia em defender seus ideais. Indico também a palestra do Prof.Dr. Décio Iandoli Júnior que ainda pode ser vista em video.com.br, onde tece considerações sobre um novo olhar científico e psíquico sobre uma célula e as novas leis biológicas que se lhe impõem ante as constatações dos fenômenos observados e pesquisados em vários países simultâneamente.

Grande foi meu impacto ao ler esse livro, do qual destaco as frases abaixo:

"No nível subatômico...as próprias partículas existiam e deixavam de existir com base apenas em sua intenção de observá-las. Em certo sentido, o seu desejo de ver uma partícula... materializava essa partícula." (p.62) ;

"A intenção é uma habilidade adquirida. Como na meditação, controlar o verdadeiro poder do pensamento exige treinamento...algumas pessoas nascem com mais aptidão para fazer isso do que outras." (p.62);

"O conhecimento científico dos antigos ( e sua alquimia ) era impressionante...Só agora é que a física moderna (e achados da química) está começando a compreender tudo o que eles diziam." (p.63);

"O pensamento humano ( como energia que é ) pode literalmente transformar o mundo físico." (p.62);

" A palavra noético...vinha do grego antigo nous - que podia ser traduzido aproximadamente como "conhecimento interno" ou "consciência intuitiva". (p.79);

"Os votos maçonicos...visam lembrar que a honra de um homem e sua "palavra" são tudo o que ele pode levar deste mundo. E seus ensinamentos são misteriosos porque têm como objetivo ser universais... transferidos por uma linguagem comum de símbolos e metáforas que transcendem religiões, culturas e raças... criando uma consciência mundial" unificada de amor fraterno." (p.420);

"A Francomaçonaria, assim como a Ciência Noética e os Antigos Mistérios, reverencia o potencial inexplorado da mente, e muitos de seus símbolos estão relacionados à fisiologia humana." (p.412);

"... tanto os Antigos Mistérios, quanto a filosofia maçonica celebram o potencial divino dentro de cada um de nós." (p.199) .

Realmente como colocado pelos editores (Sextante, 2009) "O Símbolo Perdido" desafia o leitor a abrir a mente para novos conhecimentos. E eu acrescento que toda leitura dentro dessas perspectivas demandam uma associação direta com o mundo experiencial do leitor. Nada é verdadeiro só porque assim nos é colocado, seja por pessoas significativas ou por ideologias de instituições estruturadas há milênios, e reconhecidas socialmente como fonte de saber inquestionável.

Nem bem terminei essa leitura, deparo-me com "A Profecia Celestina" (Ed.Objetiva,1993) de James Redfield. Minha atenção recai sobre o canto inferior esquerdo da capa onde está escrito "77ª edição" . Tinha esse livro desde 2000 e permanecia em minha estante sem ser lido. Buscando a apresentação dos editores na contracapa: " Obras como esta iluminam nossa compreensão do futuro, nos ajudando a compreender o salto que o homem se prepara para dar, quando chegar o próximo milênio."

Acaso?...Coincidência?...Já acabei de ler. Li em uma semana!

Comento no próximo blog. Aí vocês vão me responder, ok?


Após ausência de um mês voltei, com novidades interessantes (vide site indicado) e muita saudade desse espaço,

Aurora Gite
04/06/2010
postado às 18.40 horas