quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Encontros Quânticos

Meu embalo veio ao ouvir os acordes e prestar atenção na letra da música de Paul Simon & Art Garfunkel: " Bridge Over Troubled Water" ( "Prelúdio para Sonhar e Amar"):

"É como sinto meu bebê, enchendo de alegria e energia o meu coração.

É como ouço minha filha Andréa me amparando e transmitindo um pouco de sua força. Minha memória guardou o tom de sua voz dizendo: "Mãe não se preocupe. Respeito seu gostar de viver só. Mas quando precisar, terá um espaço lá em casa e eu vou cuidar de você! Não se preocupe com sua velhice!"

É como escuto Andréa, minha amiga - que seria um de meus amparos na velhice e, com certeza, o anjo protetor de Cherrie e de Milady, se sobreviverem a mim (estão com 09 anos). Talvez vivam até completarem seus 12 anos! "E vou cuidar das duas também, se você não puder mais cuidar."

Andréa se despediu ao me comunicar "seu medo da solidão e da escuridão; seu frio ao percorrer o escuro corredor rumo ao desconhecido; seu pedido para que permanecesse por perto, pois ela se distanciava de mim indo por um caminho sem volta do qual tinha medo, muito medo ... e sentia frio, muito frio..." (Sensações ocasionadas pela abrupta interrupção quântica?).

Eu só não abarquei que "ela pressentia sua morte", que estava tão próxima! Não ultrapassaria seus 43 anos. Não escapou de um infarto fulminante como meu pai em seus 63 anos.

Agora só me resta a "sensação da energia quântica" e a "captação dessa sua energia atual", pelo calor, paz, aconchego... que me indicam sua aproximação. É no pensar nela e prestar atenção a esses sinais que a sinto perto de mim!

Esse passou a ser o elo, que me mantém unida à minha amiga Andréa; à minha filha Andréa; ao meu bebê Andréa; ao feto, em meu útero, já em sua "pulsação quântica", que busco agora "sintonizar".  Minha alma em contato com o espírito que foi Andréa!

Como não rever o filme "Amor Além da Vida" (1998), com Robin Williams?
Sinto que, como em uma cena do filme, um pai reconheceu pela lembrança do elo de ternura, "além das aparências", sua filha. O afeto não se perde pela desintegração do físico. É informação, a meu ver, que persiste, compartilhada pela energia contida no mundo subatômico dos "quanta".

Tanto ainda para a ciência descobrir!
Tanto ainda para o ser humano trilhar, até que a inteligência humana abarque essa compreensão!

Acredito que assim será o "reencontro com a energia quântica" que, em vida, chamei de "A n d r é a".

Lúcia Thompson

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