sábado, 23 de junho de 2012

Mais difícil do que analisar é testemunhar!

Como profissional da área de saúde mental, sempre busquei preservar minha individualidade pessoal dentro de minha profissão, e evitei me enquadrar em sistemas teóricos fechados, bem como encapsular meu paciente dentro dos moldes patológicos propostos pelos mesmos. 


Essa postura me permitiu a liberdade de transitar com serenidade por diversas linhas teóricas, tendo como foco o paciente e sua demanda subjetiva. Teve como ônus (se posso considerá-lo assim) o afastamento e crítica de profissionais afins, defensores arraigados de teorias estáticas no tempo. Esses investiam contra qualquer atitude eclética no trato com um paciente e uma leitura sintomática de acordo com o caminho escolhido por ele para manifestar-se como sujeito, ou seja, sua doença física, mental... Hoje,com segurança, acrescento ... espiritual. 


Meu objetivo, nessa postagem, não é me enveredar por aí. A tarefa a que me propus não é fácil. É mais fácil analisar um fenômeno psíquico que ocorre com o outro, do que testemunhar uma vivência pessoal. Ainda mais quando diz respeito a uma experiência que nos faz repensar paradigmas do mundo psíquico, e com isso nos obriga a refletir sobre formas de terapias e tratamentos que envolvem a restauração, equilíbrio e harmonia das forças existentes nesse nosso universo interior.


Parto de algumas premissas como a existência outros sistemas psíquicos além dos pontuados por Freud e que demandam outra terminologia e nova perspectiva para sua compreensão. 


Há alguns  anos defendo que, assim como nosso sistema respiratório ou mesmo circulatório, também nosso sistema psíquico apresenta duas vias de passagem e concentração de energia psíquica. Acompanhando a dinâmica psíquica de meus pacientes, e a minha própria, observava um processo que partia da luta pela individuação proposta por Jung, iniciando-se aí um novo movimento interno. Acredito que no uso de sua grande intuição e sensibilidade, Jung se aproximou na tentativa de descrevê-lo. Mais ainda, relendo alguns de seus livros ( vide suas "Memórias"), penso que o tenha vivenciado, sem que houvesse na sociedade de então, ouvidos capazes de escutar compreensivamente suas idéias sem adotar postura de defesa de teorias , que na época estavam encouraçadas, consolidadas e comprovadas na prática terapêutica.


O encontro com a subjetividade e o alcance de uma serenidade, conquista percebida como luta a ser travada a cada minuto de vida, através de um adequado e firme gerenciamento dos impulsos psíquicos ( aqui incluo o jogo de pulsões inconscientes) passou a demandar fortalecimento de uma "psiquê" , de uma constituição psíquica humana mais integral. 


Ao ocorrer o acoplamento do "ser existencial" - harmonizado (sem desgaste energético em seu mundo psíquico) no trilhar o cotidiano de seu existir - com o "ser em essência", inicia-se novo processo psíquico. Metas internas buscam o alcance de novos valores internos, mais espiritualizados na evolução de um ser humano, rumo a conquista da própria dignidade. Além da conquista inicial de seu espaço como sujeito e depois inserção como cidadão perante a sociedade, surge a demanda pela ocupação de outro espaço no mundo interno como parte integrante de uma humanidade muito maior, envolvendo a energia intelectiva do próprio  universo cósmico. Esse dado, cada vez mais compreensível, ainda amedronta e é fonte de descrédito para muitos. Penso, no entanto, que tudo é questão de tempo para serem questionadas e constatadas em sua veracidade. A aceleração tecnológica está atropelando o mundo das idéias. Isso impede reflexões mais aprofundadas sobre novas descobertas que demonstram novos paradigmas sobre a constituição psíquica do ser humano. Novas teorias vão sendo apresentadas, sem o tempo adequado para assimilação das recém-propostas. Agora é questão de tempo...


Outro dado comprovado por minha vivência (por volta de 1979-1980) não me deixou dúvida quanto a existência de um biomagnetismo no espaço psíquico humano, e de diferentes níveis de consciência, bem "além de" nosso raciocínio com idéias concretas sobre a matéria visível através das reações comportamentais observados. Havia um fenômeno psíquico de imantação, processo de transformação da energia psíquica, pouco conhecido por muitos estudiosos e terapeutas. Como toda experiência psíquica, que se afaste do que se enquadre como "normalidade", o medo do estigma da loucura sempre se faz presente, ao tentar expô-la. E Nietzsche com sua proposta de um "Super Homem, Demasiado Humano" não nos deixa mentir! Tudo é questão de paciência e de buscarmos nos alicerçar na história das sociedades em suas culturas ou transformações que, no processo evolutivo propiciam compreensões outras, que revolucionam pela quebra de paradigmas radicais vigentes até então.


Dados descobertos pela Física Quântica, me possibilitaram o encontro de conceitos que me facultaram a descrição do fenômeno por mim vivenciado, o que me motivou a lançar a hipótese de que a Psicologia como ciência pertence ao campo da Física, assim como a Química está atrelada à disciplina médica. Não vou me ater aqui a desenvolver esses aspectos do mundo subatômico. Só pontuo minha outra hipótese, que mobiliza minhas pesquisas atuais, de que as forças do inconsciente freudiano são expressões desse mundo das sub-partículas.  Novas observações da matéria vísivel (partículas moleculares) através dos aceleradores de alta frequência vibratória remetem a constatação da matéria invisível (propagada por ondulações vibratórias) . Abrem-se as possibilidades de outras leituras e interpretações dos fenômenos psíquicos, até agora relegados ao campo da parapsicologia e da metafísica, e muito desacreditados. Um novo raciocínio abstrato se faz mister, bem como pesquisas sobre a faculdade de intuir, que nos faz retirar Kant e sua Razão Prática da prateleira. A necessidade de uma fé intuitiva para reforçar a esperança da eclosão de créditos a probabilidade do ser humano conseguir potencializar suas forças criativas e alcançar uma intercessão com novas fontes de energias psíquicas a nível espiritual e cósmico.


Aí me deparo surpresa com a "Apometria", dentro de um campo que transito mais fácil, em virtude de minha vivência e postura interna, mas trilho muito vagarosamente e ainda muito amedrontada pelo contato com energias psíquicas e forças não tão conhecidas. "Não se constitui em uma ciência, filosofia, doutrina, ou religião". Adota "leis da Física Quântica ao lidar com energias sutis subatômicas em suas técnicas e procedimentos". Permite se intitular como "Medicina Integral do Futuro", pois "vai além da Medicina Clássica", unindo matéria mental a elementos cósmicos, em sua prática terapêutica. Como "Medicina do Espírito", está voltada ao mundo espiritual, de onde virão as "intuições direcionais" para os trabalhos de estudo e socorro de enfermos. Vai "além da Doutrina Espírita de Kardec", embora leve em consideração o pensamento e codificação do mesmo, embasado no Amor, na energia radiante que o fenômeno amoroso faz vibrar e propagar até a longa distância, quebrando as barreiras de tempo e espaço, e o paradigma conceitual dos mesmos até agora.


Pela extensão do texto, interrompo-o aqui,  dando continuidade na próxima postagem. 


Deixo algumas indicações para quem se interessar:


* Visita ao site do Projeto Amanhecer
e ao blog com o mesmo nome da apometrista e coordenadora de Apometria na UFSC, Carina Greco.


* Livro: "Espírito/Matéria - novos horizontes para a Medicina"
autor: médico Dr.José Lacerda de Azevedo
9ª  ed. rev. atual - Porto Alegre: Nova Prova, 2007




Aurora Gite


P.S. : Faço constar minha decepção por ser essa minha "segunda tentativa de postagem", visto a primeira ter sido violada com exclusão do site acima citado. Gostaria que me fosse facultada minha livre expressão de fazer constar "sites científicos de trabalhos sérios desenvolvidos em contexto aberto" e não sob sigilo, em universidades.



















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