terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Em 17 de outubro de 2008 e 16 de fevereiro de 2016?


Continuo sustentando as mesmas posições, parece que o tempo não passou...e lá se vão 8 anos!
Confiram aí e articulem com as novas descobertas dos fenômenos microscópicos subatômicos!

Física, Psicologia, Direito,Ética sobem no século 21

Primeira parte:

Aceleradas descobertas no campo biotecnológico, biogenético e biomolecular possibilitaram a quebra de paradigmas obsoletos , realçando a necessidade de uma série de investigações, inferências e reflexões, que reportem a novos conjuntos teóricos, para dar conta dos recentes fenômenos observados.

A nova era que se inicia, com tantas e aceleradas transformações, ao mesmo tempo que fascina, também amedronta. O quadro social, abrangendo aspectos políticos, econômicos e culturais nos confronta com catastróficas previsões, inclusive anunciadoras, segundo as profecias de Nostradamus, de um fim de mundo. Sob uma perspectiva arrojada, poderíamos compreender essa mudança de século como tendo sido fim de um ciclo realmente, com novas formas de viver e conviver. Para evidenciar tal fato aí estão as novas formas de comunicação e diferentes interações, propiciadas pela linguagem computadorizada globalizada e relações impessoais online ou inter-clonadas, que demandam reprogramações cerebrais e grandes mudanças culturais . É um "admirável mundo novo" que se delineia, só espero que se distancie do descrito por Huxley.

Descobertas avançadas em Genética Molecular e Física Quântica, além das realizadas na área de diagnóstico por imagens têm possibilitado observar o funcionamento mental sob outro prisma e reconhecer novas formas de interação mental .

O desconhecimento sobre a energia mobilizadora do dinamismo psíquico, as várias construções teóricas complexas em suas conceituações e excludentes das demais teorias, trazem como consequência o descrédito sobre a inclusão da Psicologia no campo científico. Há anos defendo a busca de uma linguagem psicológica mais integrativa e uma visão mais vitalista, considerando a força do biomagnetismo humano. Uma observação atenta do campo vincular relacional e de sua qualidade servindo mesmo como experiência emocional corretiva para os envolvidos, nos direciona para uma leitura energética do ser humano. Não se pode mais negar a memória e comunicação inter e intracelular, nem a atuação de leis universais como a de atração e reação. Nesse sentido, urge melhor consideração sobre o mistério da consciência em seu espectro diferenciado que nos coloca em vários campos dimensionais da matéria visível à invisível, não tão oculta agora.

Gleiser (A Dança do Universo,1997) nos confronta com possíveis consequências do poder do eletromagnetismo e do fenômeno da reversibilidade do tempo, com a geração da matéria e anti-matéria sob altas energias: " Devido a essas flutuações de energia do vácuo quântico, vários fenômenos muito interessantes tornam-se possíveis... sabemos pela relatividade espacial que energia e matéria podem ser convertidas em partículas de matéria... Essas partículas que surgem como flutuações do vácuo são conhecidas como partículas virtuais..." O autor diferencia o vácuo ou "Nada quântico" do "Nada Metafísico", representante do vazio absoluto, que abordo proximamente, visto não podermos mais deixar de considerar a dimensão espiritual do homem, sua faculdade intuitiva, sua fé terapêutica, daí advindo.

É inegável o poder de forças eletromagnéticas, despertadas pela estimulação da faculdade de imaginar , na qual participariam várias operações mentais e alterações bioquímicas. Reagrupamentos energéticos seriam gerados pelo aumento de sinapses neuronais e por possíveis transformações ocasionadas pela concentração conectiva (associação de idéias e imagens em ação). A união de afetos e estados alterados de consciência em diferentes graus de condensações de matéria, e sua valiosa força catártica e terapêutica, demandam para melhor eficácia uma leitura interdisciplinar Psicologia e Física Contemporânea.

Ante as novas descobertas é preciso questionar paradigmas ultrapassados "sem estigmas", não cabendo mais a compreensão do ser humano através de ajustes e enquadramentos a corpos teóricos já existentes. É importante, ainda, realçar que entre os atributos de um "cientista" estão sua liberdade de criar e a flexibilidade para investigar e pensar sobre o fenômeno humano, se utilizando de dados colhidos na realidade vivencial de seu aqui e agora , pois, embora seu mundo de significados possa estar deslocado dinamicamente na dimensão tempo-espacial, a forma de interferência no presente deve adquirir maior peso e deve ser o foco da atenção e atuações.

E continuamos nós, com humildade e ousadia, a mergulhar na Teoria Quântica e nas novas descobertas sobre os fenômenos do mundo subatômico, buscando articulá-los aos processos psíquicos. Cada vez mais nos fascina a constatação dos físicos da interferência das intenções do observador no mundo subatômico e seu foco com potencial de mudança ao transformar ondas de probabilidades (opções de escolha), em partículas subatômicas ou energia sutil concentrada (decorrente do fim do processo decisório).

Para os que se interessem pela dinâmica subjacente aos principais problemas de nosso tempo, indico a leitura do livro de Fritjov Capra, que nos apresenta nova visão de realidade - e que assistam ao filme (YouTube) com mesmo título: " O Ponto de Mutação".

Outro livro desse físico, que vale a pena ser lido é "O Tao da Física": um paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental , Editora Cultrix, São Paulo, SP. Copyright 1975; com revisão em 1983 após a publicação do livro "O Ponto de Mutação" , Ed.Cultrix, São Paulo, SP, 1982.

Capra em seu livro "O Ponto de Mutação" aborda os padrões cíclicos históricos de ascensão e queda onde pode-se observar sempre, crises de percepção e, após a decadência, o ponto de mutação. A transformação ocorre dentro de um movimento espontâneo e natural. O velho é descartado e o novo é introduzido. Revendo o que acontece nesse início de século 21, não há mais como sustentar o estado interno de anomia indisciplinar, que distorce percepções e desafia a razão. Não há mais regras éticas e bom senso, dentro do raciocínio lógico, que expliquem e sustentem crenças disfuncionais e ideias obsoletas. A demanda é por novos paradigmas. Novos modelos de mundo e de homem, que demandam, por sua vez, novas configurações no agir de um ser humano, e novo design de interações sociais.

No "O Tao da Física", Capra traça um paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental, analisando, de forma original, semelhanças conceituais. Tao significa "caminho"; nele o autor nos leva à descrição do processo de contínuo fluxo e mudança, reflexo do desenvolvimento e evolução pessoal.  Em "O Ponto de Mutação" busca nova visão de mundo ante o que chama de profunda crise de percepção e propõe a reconciliação da ciência com o espírito humano. Mostra como a revolução da Física Moderna prenuncia a revolução iminente nas ciências e uma transformação nos valores: decadência e ponto de mutação. Escrito no final do século 20, parece retratar a profunda crise de percepção que vivemos atualmente nesse início do século 21. É estarrecedor!

É estarrecedor como ideias e pensamentos são relegados, e mesmo desconsiderados, se não houver a devida leitura e interpretação, por ignorância sobre essas ideias e pensamentos, que transmitem e buscam divulgar perspectivas novas, para reflexões e compreensões futuras dos leitores e pensadores. Assim coloca o autor: "As últimas duas décadas de nosso século vêm registrando crise mundial complexa e multidimensional: saúde, modo de vida, qualidade de relações sociais, economia, tecnologia, política. É crise de dimensões intelectuais, morais, espirituais, de escala sem precedentes na história da humanidade."

Assim começa Capra a montar o painel do que ocorria em seu entorno por volta de 1980. Relendo o livro em 2016 nos perguntamos se o "design" não é atual. Refletindo sobre a nova visão de mundo que propõe ante a incorporação da Física Subatômica às suas ideias, me questiono se não é esse o caminho, se não está na hora da alteração para paradigmas (modelos) que incluam visões sistêmicas (orgânicas e ecológicas) holísticas de mundo e de homem. Em 1982, Capra já vislumbrava o novo design em rede do tecido social, da função da interconectividade transformando as estruturas sociais e políticas.

Buscando parear com a dinâmica psíquica, revejo os processos de autoconhecimento, valorização da autoestima e autorrespeito se alinhando à nossa moral intrínseca. Ao identificar nossa maneira de existir e alinhá-la às forças ético-morais de nosso caráter, como seres humanos, produzimos o encontro entre nossa vontade e o autêntico querer proveniente de nossa alma. Assim emerge o homem, agente do processo e progresso histórico de seu "vir-a-ser", responsável pela construção de suas forças internas; diferindo do que se deixa levar pelas circunstâncias a seu redor e pela influência das opiniões de outras pessoas que o circundam.

Capra busca descrever fenômenos submicroscópicos (subatômicos) e a emersão da consciência no que chamam de "iluminação", enfatizando que faz parte de uma "dinâmica psíquica além do self (si mesmo)", e que "não é apenas um ato intelectual". Acaba brindando o leitor com muito material para reflexão e análise; muitas e muitas associações e articulações... se posicionando como um empreendedor ao externar, com minúcias, suas ideias futuristas. Reconhece, no entanto, que, estando aquém da compreensão de sua época, nem sempre elas terão plena aceitação de uma maioria de pensadores, principalmente no momento histórico conflitivo em que as coloca no social.

Não é o que aconteceria com qualquer um de nós?
Mas que estamos vivendo as contradições, paradoxos e transições que descreve, estamos!

Lúcia Thompson




































































Nenhum comentário: