segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mudanças de paradigmas e técnicas terapêuticas?

Não há como negar que o paradigma mecanicista newtoniano não mais responde a uma série de questionamentos e que o paradigma quântico supre essa defasagem atual.

Tudo é feito de substância subatômica. O ser humano é feito de circuitos sistêmicos que envolvem células > moléculas > átomos> prótons, elétrons ...> quarks ... > vácuo quântico (pleno de energia potencial). Hoje em dia me parece, cada vez mais, que o aparelho psíquico delineado pela sagacidade na observação freudiana e junguiana dos fenômenos humanos e genialidade de abstração para nomeá-los de Sujeito e Inconsciente Pessoal, ou o Self - centro do Si Mesmo Individual - e Inconsciente Coletivo, tem relação com o mundo quântico.

Torna-se mister ultrapassar a visão separatista de bioquímica (neurotransmissores e hormônios reagindo e provocando reações)  de um lado, e, de outro lado, - visto ainda com grande desconfiança mesmo ante evidências comprovadas de sua existência - bioeletromagnetismo ( gerando informações, ou energia também vital, por meio de partículas e ressonância  vibratória de ondas, conforme a intenção do observador que vivencia e interfere no fenômeno experienciado). Tudo é energia, tudo é informação, tudo está conectado e interage sistêmicamente dentro de nós, seres humanos.

Como facilitar o encontro e o alinhamento dessas forças energéticas deve ser o foco do milênio para ações terapêuticas efetivas. É preciso se ater aos avanços advindos da descoberta do código genético > transferências de informações genéticas > clonagens. É necessário não desconsiderar a comprovação de uma memória celular > linguagem inter e intracelular > transplantes > receptor em seus relatos de características do doador > informações transmitidas através de órgãos transplantados. É fácil constatar ressonâncias e sincronicidades ou antagonismos > transferências ideativas e afetivas > neuroassociações criativas ou reacionais > estados emocionais alterados (via física e/ou psíquica).

Quando abordo o mundo subatômico, ou mundo quântico, sigo as descobertas científicas a respeito que adentraram para este milênio. Mecânica quântica é física, suas teorias decorrem da busca de explicação para fenômenos naturais observados e constatados repetidamente dentro de métodos científicos. Não é abstração metafísica, não é misticismo esotérico, nem magia ou ideações fantasiosas. Sob a leitura quântica sobe no milênio a medicina vibracional e muitas técnicas alternativas que se utilizam de vias intelectivas de outra grandeza, mais intuitivas do que cognitivas, razão pura mais abstrata, menos concreta com seu raciocínio lógico-matemático.

Se tudo no Universo está integrado pelo campo chamado "Consciência" como não articular os "insights" terapêuticos com "saltos quânticos" e como não enquadrá-los dentro de outra dimensão compreensiva?
Nada existe fora dessa grande onda que Amit Goswami chamou de Consciência. O que existe são diferentes níveis dessa Consciência, diferentes faixas de frequência (passíveis de serem medidas em Hertz)..

No campo eletromagnético tudo é ressonância. Vejo o mundo psíquico como um campo bioeletromagnético. Desejos e demandas emanam energia e vibram através de ondas de expectativas e esperanças. Esse ressoar transfere informações para determinadas pessoas e para o Universo, e faz chegar informações ao vácuo quântico, pleno de energia potencial - campo das pulsões nomeadas por Freud que podem ser acessados via função intuitiva transcendente nomeada por Jung.

Não só na interpretação do fenômeno da transferência, sob a leitura psicanalítica, durante a relação analista-analisando quando em terapia, o efeito quântico da dupla-fenda pode ser observado. Ao existir um foco e uma escolha não há como negar o colapso da função onda, a restrição do amplo campo ideativo abstrato da criação de neuroassociações, ou ondas de possibilidades, e sua redução ao campo das partículas de probabilidades, que podem ser concretizadas em metas e resultados visíveis.

Sob o prisma quântico da experiência da "dupla fenda" e da interferência direta do observador, ocasionando a resposta do átomo e seu comportamento como onda ou como partícula, é possível avaliar a importância e o perigo da atuação do terapeuta durante as sessões terapêuticas, particularmente ante o uso de técnicas persuasivas e sugestivas. Nesses casos, predomina a intenção que o terapeuta emana através de suas sugestões, que vai depender da sincronicidade com a frequência vibratória de quem as escute para que seja assimilada a contento... decodificada a contento pelo interlocutor. Isso vai depender de que ambos estejam na mesma posição relativa ao real da situação da terapia com todo viés e ruídos que dela pode advir (transferências e contratransferências) e no mesmo continuum de tempo (passado-futuro presentificados nos quadros sintomáticos e no momento presente da terapia).

Acredito que o papel do terapeuta seja facilitar as associações entre o psíquico (quântico) e a emergência do sujeito freudiano, responsável por seu bem-estar físico e psíquico, ou a emancipação do indivíduo junguiano. Ao "alinhamento prático no querer-saber-fazer-acontecer" possibilita avaliar como através do poder de fazer escolhas ocorre o colapsar da onda das possibilidades (ou alternativas de opções) e o surgir da partícula, para que ideias abstratas possam ser concretizadas na realidade concreta do analisando (nunca determinada pelo mundo ideativo das probabilidades do analista ou terapeuta seja qual linha seguir).

Destaco mais um aspecto por mim observado. De forma semelhante ao Universo onde se constata uma ordem implícita, também nos sistemas orgânicos pode-se notar sistemas dentro de sistemas, pequena e grande circulação, o mesmo com o sistema respiratório, ou nos sistemas psíquicos envolvendo a moral e ética. A meu ver, o psiquismo moral e ético constituem dois circuitos, utilizando a terminologia freudiana "superegóicos", o primeiro se utilizando da via exoinformativa impositiva e o segundo da via endoinformativa acatada pelo autorreferencial interno advindo do vácuo quântico diretamente e captado via intuição.

Uma errata: destaco por observar a dinâmica psíquica em meus pacientes "e por acompanhar em mim mesmo essa movimentação psíquica".

Acompanho as articulações atuais de Helio Couto (vídeos canal YouTube):
"Toda fórmula química precisa de tempo para haver uma reação atômica molecular, para que as moléculas se juntem e formem uma terceira coisa... assim surge o sentimento, como o amor. Em curto tempo de contato, só existe atração sexual, empatia ou antipatia... a química não bateu? ideias não entraram em sintonia? não houve sincronicidade afetiva?"
"Cada arquétipo ( ideias primordiais pré-existentes em nós) provoca a produção de determinado transmissor unidirecional. O tempo e o interesse (vontade) criam as neuro-associações assimiladas pela outra pessoa... É preciso levar em consideração que cada neurotransmissor e hormônios provocam uma reação emocional... daí ser importante avaliar pelos sinais que indicam correspondência o tipo de neurotransmissor gerado nos relacionamentos interpessoais para criar vinculação ou não.

Todos podemos comprovar a existência de uma comunicação não-local, comunicação simultânea à distância, por codificação da propagação de ondas eletromagnéticas, de movimentos vibratórios, cujas frequências são medidas em faixas de Hertz (ex: complexos aparelhos eletrônicos como celulares, GPS, satélites, rádios e televisão...todos audíveis, visíveis e compreensíveis dentro da linguagem subatômica). A cada faixa corresponde uma dimensão. Portanto, existem "n" dimensões ao nosso redor, vibrando em frequência diferentes. As frequências não se anulam, mas sintonizando os Hertz de um rádio ou de um canal de televisão não se tem acesso aos demais.

 Deixo esse registro, para que reflexões ocorram sobre o novo paradigma quântico e novas compreensões dele decorram sobre o psiquismo humano - tão perto e tão longe de nós!

Ou como disse Richard Bach: "Longe, é um lugar que não existe!"

Aurora Gite

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